quarta-feira, 30 de julho de 2008

Peanuts 1988 - #21


Engraçado, não sabia que isso era tão comum.

*Desculpem a falta de assunto. Quando não saio de casa fico sem idéias...

Clássicos! #1



As Sete Vampiras

Leo Jaime

Composição: Leo Jaime

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!

Eu não descanso
Nem durante o sono
Não consigo
Nem mais dormir
E onde quer que eu vá
Em qualquer lugar
Elas estão a me seguir
Não descanso
Nem durante o sono
Eu não consigo
Nem mais dormir
E onde quer que eu vá
Em qualquer lugar
Elas estão a me seguir...

São sete garotas
Me paquerando o dia inteiro
Seja no trabalho
No carro ou no banheiro
As sete garotas
Tremenda confusão...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!

Mas elas querem meu carinho
E o meu amor, eh!
Elas querem o meu sangue
E o meu calor
São como vampiras
Numa fita de terror
Elas querem o meu coração
Mais isso eu não dou
São como vampiras
Numa fita de terror
Elas querem o meu coração
Mais isso eu não dou...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!

Mas eu já tenho
Uma pequena
Que eu vou te contar
Ela é mesmo um estouro
E é com ela
Que eu quero ficar...(2x)

Mas o meu broto
Morre de ciúmes
Quando sente em mim
O cheiro de um outro perfume
E ela chora e vai embora...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!

Mas eu só quero seu carinho
Eu quero seu amor
(Só quero seu amor
Só quero seu amor)
Eu só quero o seu sangue
Eu quero seu calor
(Só quero seu calor
Só quero seu calor)
Eu sou como um vampiro
Numa fita de terror
Eu não quero mais
Saber de ninguém
Só quero o meu amor...

Eu sou como um vampiro
Numa fita de terror
-Por acaso alguém viu
Uma vampirinha
Andando por aí?
-(Nãoooo)
Eu não quero mais
Saber de ninguém
Só quero o meu amor
Só quero o meu amor
Só quero o meu amor
Não quero mais saber!
Não quero mais
Saber de ninguém
Só quero o meu amor!
Só quero o meu amor!

sábado, 26 de julho de 2008

Tristeza & Solidão


Pra começar, esclareço. Esse não será um post melancólico/emo. Até porque nos ultimos tempos eu tenho andado com pouca paciência para choramingas.

A solidão sempre me acompanhou. Cresci acostumado a estar sozinho, e tenho até certo prazer nisso. Praticamente todas as minhas férias (todas as que tive) foram semanas dedicadas a ficar só. Sozinho eu tenho tempo para pensar, para tocar violão o dia todo, para ler. Ficar sozinho é bom. Porque tem coisas que só dá pra entender se você estiver só.

Estou lendo Musashi, então estou num momento altamente filosófico (hauahua). Tem um capítulo no primeiro volume, em que o Musashi passa três anos isolado em um quarto. Estudando e meditando. Treinando a própria mente para domar sua natureza caótica. Depois disso toda a jornada do samurai estará fundamentada em descobrir sozinho seus próprios caminhos.

E a tristeza, essa também é companheira. É engraçado como alegria não me inspira Hahahah. É quando eu estou meio desanimado que eu aprendo músicas novas, que faço desenhos melhores, que escrevo mais... até ficar triste tem seu lado bom!

Mas agora não estou triste. Como poderia ficar triste, tendo quase tudo que eu quero? E a solidão... é opcional =)

Que seja infinito

Os dias vêm e vão. A lua brilha e se apaga. O verão aquece e breve o inverno chega. E o trabalho, o esforço? Tudo se esvai e a cada dia torna-se passado. A existência humana é um momento fugaz perante a aparente eternidade do universo, então como sou capaz de dizer "te amo pra sempre"?

A diferença entre eternidade e efemeridade está no tempo de vida de quem observa. Aos nossos olhos, diversos fenômenos são tão momentâneos que sequer merecem atenção. Comparados às montanhas nossa própria existência é apenas um instante. E se vistas pelas estrelas, essas montanhas se erguem e caem em segundos.


Todas as coisas, têm seu fim. E o "pra sempre" é irrealizável. Mas é no momento que nos tornamos conscientes da impermanência do universo que finalmente damos real valor ao que está ao nosso alcance. O Bushido, código de conduta samurai, dita que o guerreiro deve ter sempre em mente a idéia que vai morrer. Ele deve ter a morte como companheira e lembrar que cada dia pode ser seu último. Só assim ele pode trilhar com leveza, sinceridade e afinco o caminho do aperfeiçoamente pessoal. O mesmo vale para nós. Ao percebermos como a vida é fugaz, somos capazes de vivê-la com intensidade. É tendo em mente a perecibilidade do amor que podemos senti-lo completamente. Os versos de Vinícius de Moraes nunca me pareceram tão verdadeiros; Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure.

Não posso portanto dizer que te amo até o fim da minha vida. Sequer posso garantir que te amo o maximo que eu posso. Só poderei dizer qual o maior sentimento que tive, com meu último suspiro. Até lá, estarei sempre sob o risco de sentir algo maior ainda. Mas posso te dar agora tudo que tenho. Posso dizer te amo pra sempre, porque esse é o sentimento máximo que posso ter agora. E porque posso fazer fazer o tempo que ele durar um "pra sempre". Einstein não deu como exemplo de sua teoria da relatividade do tempo a sensação de que quando estamos com alguém de quem gostamos o tempo parece se alterar, ficar menor? Bom, talvez, se meu sentimento for suficiente, eu possa usar essa elasticidade do tempo e esticar tanto os momentos em que estamos juntos, que eles se tornem eternidades.

Mas não vou mais falar de amor, de dor, de ilusão, de coração. Me falta aporte experimental pra isso.

Eu também queria poder chegar numa loja de doces, jogar um monte de moedas no balcão e pedir "Tio, me vê tudo isso de felicidade!"

** A lua cresce e mingua, e abaixo dela, nada muda enquanto tudo muda. Só eu vejo isso?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Nota #11 ou Armadilhas circulares


Todos os dias, Sísifo rolava uma pedra até o topo de uma montanha. Quando chegava ao topo, a pedra rolava de volta, e Sísifo tinha que começar tudo de novo.

Alguns momentos na nossa vida são parecidos. Cumprimos tarefas desnecessárias, sem motivo aparente e sem finalidade visível. Só porque alguma força maior manda. No caso de Sísifo foram os deuses. Mas acho que pode ser o coração também. esse sim, é um brincalhão. Tão esperto que a mente não o acompanha. Quando menos esperamos ele revela um truque ou armadilha que estava preparando. Então olhamos em volta e percebemos que estávamos nos esforçando, todos os dias de pé, esperando alguém passar. Esperando só pra ouvir um bom dia. E voltar amanhã. Tal qual Sísifo e sua pedra.

Mas adianta ter consciência disso? Que nada. Quando agente percebe uma finalidade no trabalho antes sem sentido, ganhamos força e vontade pra continuar. Ainda assim, é engraçado ver como entramos nesses ciclos sem querer.


*Empurrando minha pedra*

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Interpretando


Em essência, é isso

A dogmática jurídica aceita o sujeito de Direito como um ponto de convergência das normas. mais que isso, o Sujeito é uma construção, é a união de uma série de papéis sociais. O pai, o empregado, o contratante. A União desses papéis pré-estabelecidos define o que você é, do ponto de vista jurídico.


Mas indo além do Direito, a questão eterna do "quem sou eu" ainda me intriga. Existe dentro de mim alguma essência que é diferente da essência dentro de você? Ou somos apenas o conjunto de papéis que decidimos interpretar?
Nós usamos máscaras diferentes em cada situação, isso eu já sabia, só que acreditava em uma essência por trás delas. Hoje imagino se há algum rosto atrás da máscara.

Li isso aí pela internet. É justamente por não termos essência que somos livres. Podemos assumir o papel que quisermos nessa peça de teatro que é a vida. Ainda não aceito muito bem isso e não tenho opinião formada. Mas uma coisa começa a se construir como aceitavelmente correto pra mim. Independente de haver uma essência, o meu EU se expressa tanto dentro quanto fora de mim.

Eu sou essa consciência pensante que corre na velocidade da luz pelos neurônios, que cria suas próprias leis de moral, que fala num lugar onde ninguém pode ouvir. A esse Eu, ninguém mais tem acesso. Porém também sou o cara pacato, que nunca se irrita, que fica calado, que ri e abraça só algumas pessoas. Esse é o que todo mundo vê, o único que outras pessoas podem atingir. Só que isso tudo muda. Minha moral muda, minhas conclusões mudarão, o modo como eu reajo ao mundo mudou. Então o EU de hoje já não é mais o EU de ontem?


Heráclito, companheiro de bebedeira, diria que sim.


P.S.: Lá no fundo, eu ainda acredito em essências. Mas elas podem ser moldadas.
Com algumas coisas em mim vocês podem sempre contar.
Ookami wa ookami.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Trem das 12

12 de agosto
10:32 AM


Um rapaz corre esbaforido, esbarrando nas pessoas que se agrupam na plataforma da estação de trem, se despedindo do trem que acabara de partir.
Ele para ofegante e, decepcionado, vê que perdeu o trem. Ajeita a mochila torta nas costas. "Droga, meus pais vão me matar!"
Ainda se lamentando, o rapaz abre o folheto com os horários de trem, procurando saber quando parte o próximo. Então alguém ao seu lado pergunta: _ O trem pra Campinas já saiu?_ Sem olhar, ele responde: _ Acabou de sair!

_ Droga._ diz a outra pessoa. Sem dar muita atenção, o rapaz olha nervoso o itinerário dos trens. "Agora só meio-dia", pensa capisbaixo.

_ Ei, você estuda na Unicamp?_ diz então a pessoa ao lado, e pela primeira vez o garoto presta atenção no seu interlocutor. Era uma garota linda, loira, cabelos curtos, óculos de aro grosso. "É pegadinha" pensa.
_ Estudo sim, como você descobriu?
_ Tá escrito na sua mala. "Física - Unicamp"
_ Ah tá
"Sou mané"
Retomando a coragem, o garoto pergunta:
_ E você? Estuda lá também?
_ Não, eu estudo na Usp, mas vou passar os últimos dias de férias na casa de uma tia em Campinas.
_ Entendo. Que curso você faz?
_ Física também, mas com ênfase em astronomia.
"Estou sonhando"
_ Sério?? Que fera! Eu tenho me focado em física quântica.
_ Deus não joga dados com o universo, bobinho _ Diz a garota em tom de deboche _ Então, quando sai o próximo trem que pára em Campinas. Ou devo dizer o próximo trem em que Campinas pára?

A menina tinha um brilho provocante no olhar ao dizer isso. Pelo menos aos olhos do aspirante à físico.

_ Só daqui umas duas horas. Me diz, você já ouviu falar do gato de Schrödinger?
_ Claro! Por que?
_ Por nada. Não quer tomar um café enquanto esperamos o ônibus?
_ Vamos! ^^
_ E quanto tempo você vai ficar em Campinas mesmo...?

**Frase do dia: "O que é um lobo, se não um cachorro old school?" - Dr caixeta.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Probabilidade igual a 1

Tem um verso no poema "Pneumotórax", de Manuel Bandeira, que me chamou muito a atenção da última vez que eu o li. Ele diz: "A vida inteira que podia ter sido e que não foi". Não sei, mas esse verso é diferente do resto do poema. Ele quebra o ritmo de alguma forma.

O que podia ter sido.

Essa frase me faz pensar em tanta coisa de uma vez...
Bandeira escreveu isso em referência à sua própria vida e, principalmente, à sua infância, cercadas de cuidados, em decorrência da saúde frágil. O poeta foi privado de quase tudo o que costumamos chamar de diversão. Mas quando eu li esse verso, lembrei de algo que eu escrevi num passado tão distante que nem lembro mais quando foi. Quando eu era apenas um garoto bolinho nerd tentando escrever um RPG. Na minha história, um general élfico passava algumas décadas vivendo entre a jovem raça dos humanos. Quando volta para o reino dos elfos, descreve os humanos, ao seu rei, dessa forma:

"Os Homens têm seu coração incompleto; eles precisam sempre buscar algo que não entendem ou não podem alcançar"

A minha inspiração para essa linha vem de uma fonte bem mais... nobre. No Senhor dos Anéis, Elrond tenta dissuadir sua filha, Arwen a se casar com o humano Aragorn dizendo algo como "A vida dos homens é brilhante a seus olhos, mas breve desvanesce. Embora eles pareçam grandes, suas vidas acabam sendo apenas como um sonho do que poderia ter sido e não foi". Não lembro bem, porque faz tempo que li o SdA pela última vez e não achei a passagem quando procurei. Enfim, isso marcou minha vida e foi lá que eu comecei a pensar, o que poderia ter sido?

E se eu não tivesse passado no vestibular em julho de 2006? Ou se eu escolhesse outro curso? E se eu tivesse conseguido o que eu procurei por dois anos no ensino médio? E se, um pouco mais tarde, eu tivesse dado mais valor a quem gostou de mim? E se eu tivesse feito o Pas pra Direito e passado? E se tivesse dado certo agora? E se... e se... e se....

Outro livro que li na minha pré-adolescência nerd-tetuda foi Crônicas de Nárnia. Tem uma parte, em algum dos livros, em que o leão Aslam diz: "Não pense no que poderia ter acontecido. É impossível saber se algo teria sido diferente". Ou algo assim.

Acho que não. Sei lá, ainda tendo a ver uma sombra de planejamento no modo como as coisas seguem.
E qual a lição que tiramos disso?

John leu literatura de fantasia demais.

domingo, 20 de julho de 2008

Nota #10

Nota grande essa.

Eu ia escrever sobre amizade, mas acho que dificilmente eu diria algo mais do que está no texto que eu linkei no post anterior.
Ia escrever sobre a amizade não só porque hoje é dia do amigo, mas também porque foi aniversário de um grande amigo e foi uma das raras oportunidades em que se reuniram muitas pessoas que importantes no meu passado recente e que continuam importantes. Mas o post não será sobre isso.

Dentre esses amigos, alguns fizeram o vestibular. E não passaram. Droga, muita gente que eu gosto muito não passou.
Eu não tenho autismo (eu acho) mas sempre tive uns probleminhas com emoções. Não que eu tivesse dificuldades em entender como as pessoas se sentiam. Eu não me importava. Nunca fui de pensar muito na alegria ou tristeza de quem não fosse realmente próximo de mim. Eu era um pouco mais egoísta.

Mas nos últimos dias, sem que nada de especial tivesse acontecido, eu fiquei triste por pessoas que eu mal conheço. Eu vi um monte de gente chorando, por não ter passado no vestibular. Muitos conhecidos vindo falar comigo esperando uma palavra de apoio. Mas palavras não mudam as coisas. Quem passou, passou. Quem não... =/
E é justamente isso que tem me deixado muito chateado. A sensação de impotência.

Não faço idéia de como é não passar no vestibular. Não sei como é a tristeza, a frustração de perder mais um semestre. Eu só lembro do desespero que me batia quando eu imaginava não passar. E por ignorar essa dor, me sinto mal em não poder ajudar mais. Poxa, amigos não passando em cursos relativamente fáceis... dá vontade de ir lá e fazer a prova no lugar deles! Mas como não posso, vou tentar fazer o possível por quem estiver perto.

Bom, isso tudo me veio a cabeça num lampejo. Acho que o que eu posso tirar disso tudo é que quem não passou não deve desistir e os amigos podem sempre contar com minha ajuda, no que ela fôr de valia.

**Ouvindo Darvin =D

Amigowwww

Tinha uma menina nda minha turma que falava assim. "Amigooooowww". hauahau

Sabia que hoje é dia do amigo? Descobri no Blog do Alexandre Inagaki. Vejam lá, o excelente post sobre esse dia:

"Há coisas nesta vida que a gente só descobre por intermédio da internet. Graças a ela, aprendi por exemplo que em 20 de julho é celebrado o Dia do Amigo. Soube dessa curiosidade graças a um camarada que jamais vi, li ou ouvi na vida, mas que por possuir meu e-mail em sua lista, ao lado de mais uns 70 incautos destinatários que receberam a mesmíssima mensagem padronizada, enviou-nos um desedificante anexo de Power Point com mais de 1.000 KB, contendo fotos bucólicas de crianças brincando com um pôr-do-sol ao fundo, ilustradas por versos da indefectível canção do Milton Nascimento que diz que "amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito"."

Leia o resto!

Mais tarde escreverei sobre isso...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sim, são só garotos.

Em um post do Devaneios, o Egon comentou algo sobre a festa de aniversário de 12 anos de uma menininha. Na festa, os garotos ficavam correndo e suando enquanto as garotas ficavam juntas, sonhando sobre os garotos de 15 anos.
Esses garotos de 12 anos! Bem... os de 13 também. E os de 14, 15, 16....
No final das contas, garotos não mudam muito com o passar do tempo.

O que muda são os interesses deles.

Quando pequenos, nossa vontade é nos divertir. Então, corremos, pulamos, jogamos bola, brigamos. Tudo pra gastar energia, tempo e arrancar umas risadas. Mas o tempo passa e os interesses mudam. Começamos a olhar diferente para as garotas, e o que fazemos? Corremos, pulamos, jogamos bola, brigamos... só que agora para chamar a atenção delas.

No fundo, no fundo, todos os homens são como aqueles garotos suados da festa. O que eles querem mesmo é falar palavrão, comer fazendo bagunça, correr por aí. Enfim, fazer o que der vontade, sem ter que se preocupar com o olhar de censura, que era tão tipíco dos nossos pais. Os homens são, sim, levianos por natureza. A diferença entre garotos e homens está em saber a hora certa de deixar aparecer essa leviandade.

Garotas são, que me perdoem as feministas, frágeis por natureza. Não fragilidade significando fraqueza, de qualquer tipo. Quero dizer que é necessário um pouco mais de tato com as garotas. Elas levam muito à sério coisas que sequer aparecem aos olhos dos meninos. E um moleque desavisado pode muito facilmente machucá-las. E na verdade é comum que machuquem mesmo.

Acho que a melhor metáfora para um garoto tratando com uma garota, é a de um elefante em uma loja de cristais. A chance de causar um estrago é enorme. Mas... um dia acabamos aprendendo né?

Então, garotos devem tomar mais cuidado, ser mais gentis e atentos quando estiverem com as moças (=P). Mas elas, por outro lado, devem ser mais compreensivas. Tenham paciência com esses meninos. Porque em essência, todos são só garotos.
=)

E ficam aí esses dois clipes, que eu acho que mostram bem o que eu disse aqui.

Garotos II - O outro lado


Garoto (O chocolate heheuheu)


Meninos! Hahahaha
Tempo bão!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A medida das coisas.


As pessoas criam pequenos preceitos gerais para serem seguidos nas mais diversas situações. São pequenos dogmas, pílulas de filosofia pré-fabricada, usados como parâmetro na hora de tomar decisões. Dizemos coisas do tipo: " O amor tem que ser de tal jeito...", "Preciso ter essa postura específica quanto a vida..." ou "A coisa certa a se fazer deve ser sempre assim".

É difícil explicar. Falo de nossas resoluções, em que basicamente tentamos definir o que é certo. Bom, eu sempre andei atrás dessas "leis morais". Sempre passei muito tempo pensando e pensando, sobre a essência do comportamento e qual a maneira correta de agir, em relação ao mundo e à mim mesmo. Eu tentei criar máximas pra me guiar. Tentar aprender com grandes pensadores, com amigos, com desconhecidos. Tentei misturar tudo e fazer um exercício dialético.

Mas só agora eu tive a percepção, tão óbvia, de que não há máximas que abarquem toda a realidade. A vida tem muitos aspectos, e é uma função de infinitas variáveis. É impossível reduzí-la a um sistema de pensamento fechado e conseguir um resultado satisfatório. Em suma, não dá pra manter posições fixas e ser feliz. Talvez a única lei fixa seja a de que viver é estar sempre medindo, ponderando.

Descobrir a medida das coisas, aí sim está a sabedoria. Saber a hora de avançar, de retroceder. Saber se impor, saber ceder. Há momentos para o orgulho, há outros para a humildade. às vezes toda a empatia do mundo é necessária, às vezes temos que ser frios. Nossos gostos devem ser moldáveis. Aliás, já são. Levando em conta que não controlamos realmente os padrões do que nos atrai ou não. Eu nunca fui capaz de eleger preferidos, em nada. Hoje já não sou mais capaz sequer de dizer as características do que me interessa. Mas pra que me preocupar, se "nem os santos têm ao certo a medida da maldade"?

Portanto, não vou mais atrás de receitas para viver corretamente e me aperfeiçoar. O melhor guia para uma condição mais "refinada" de ser é o bom senso na hora de se posicionar ante as situações, idéias e tudo mais que aparecer. A resposta na verdade eu já tinha há muito tempo. A boa e velha Aurea mediocritas!

Frase do dia: "Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?" - Livro de Eclesiastes 7:16-17

quarta-feira, 16 de julho de 2008

One strip, one videoclip.


Hauhahah, Boa.




Olha a Fernanda Takai de dez anos atrás... Morri de amores.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

1968 - Assim se faz história!

O nerdcast dessa semana foi sobre guerra do vietnã, eu assisti platoon e estou ouvindo Janis Joplin. To na pegada dos anos 60, diria o comentador mais confiável.


1968 foi um ano que com certeza vai estar nas linhas do tempo que meus tataranetos farão de cartolina e papel celofane do futuro. Foi um ano em que a maior potência militar do mundo enfrentava um bando de camponeses descalços (levando armas soviéticas)... e perdia! A operação Rolling thunder completava 3 anos e quase 1 milhão de toneladas de bombas já haviam sido jogadas sobre o vietnã do morte. Mas como se derrota um inimigo invisível? Não dá pra lutar se você sequer sabe o seu objetivo ou em que direção combater.

_ Padmé is dead.
_ Noooooooooooooooooooo!!!!!

Foi um ano em que as pessoas contestaram os padrões sociais, a tradição e os costumes. Nesse ano as pessoas saíram às ruas pedindo justiça e igualdade. Elas finalmente conseguiram acreditar que o mundo poderia ser melhor e que a verdadeira revolução começaria dentro de cada um.

Protestos contra a venda da Atari

Alguns malucos decidiram que só precisavam de amor, e com muito LSD e ao som de uma música feita "pra dar vontade de trepar" eles trouxeram pro ocidente os ideais de paz e fraternidade da filosofia oriental. Claro que como todo bom ocidental eles deturparam isso e usaram como desculpa pra transar feito cachorros. (brinks!........Ou não) Woodstock viria logo, logo. Psicodelia pura.
Típicos hippies


No Brasil, a ditadura mostrou sua face mais cruel e sacrificou de vez a fachada democrática que ainda carregava. Foram os anos de chumbo. Enquanto o mundo corria atrás de um sonho, o Brasil vivia um pesadelo. Ou não né, afinal o AI-5 foi diretamente ruim para a oposição (que em muitos casos queria uma ditadura stalinista aqui). O povo mesmo não se importou lá tanto. Era mais legal ouvir a Jovem guarda, a curtir a tropicália, Roberto Carlos de gola rolê.

O rei, mostrando seu estilo

Enfim, foi um ano de idealismo, de romantismo, de luta. Foi um ano que uma centelha de fé se acendeu pelo mundo. Por um segundo acreditamos em um sonho. Mas acordamos. E vimos que muitos daqueles sonhos eram vazios. Motivados por sentimentos lindos, com certeza. Mas um tanto infantis. A Aids acabou com o amor/sexo livre dos hippies, o consumismo e o individualismo destruiram os ideais de justiça social dos jovens de paris. Um general que gostava de cavalos, um maranhense de bigodes e um playboy que andava de jet-ski acabaram com a fé dos brasileiros na liberdade. Mas o importante é que por um momento, nós acordamos.

Frase do dia: "Sejamos realistas, desejemos o impossível." - John someone

domingo, 13 de julho de 2008

Happy Rock'n'Roll Day!


'Cuz smashed guitars sound much better!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

The kooks, violão e pizza de banana.

Música é uma das coisas que ainda só fazem parte da minha vida por pura insistência. Não tenho noção de ritmo, não identifico tons e no fim das contas não tenho grande sensibilidade crítica. Só que eu gosto muito de música, tanto de escutar quanto de fazer. Por fazer leia-se tentar tocar no violão. E cada época pra mim é marcada por um estilo ou uma música. Eu diria até por um instrumento musical específico.

O que eu mais tenho sentido saudades nessas férias é do caminho que eu fazia pra chegar na Unb. Dirigir às 16h na L3 vazia... ouvindo the kooks! O que eu gosto nessa banda, é que as música são super tranquilas. Sabe, aquela coisa assim, "cuca-fresca"? Eu estou cansado de rigor, de seriedade demais, de sisudez... eu quero agora ficar despreocupado, sorrir sem razão, manter a cabeça fria. Só sentindo o vento no meu rosto. Igual eu fazia naqueles dias de céu azul.
Não quero mais saber daquela busca cega por perfeição formal. Da ânsia de colocar cada nota tocada no lugar certo. Já passou o tempo que minha vida corria ao som de guitarras pesadas, de solos elaborados e batidas fortes. Agora eu quero mais é sentar na sombra e tocar violão. Ah, como eu queria tocar pelo menos uma música tão bem que emocionasse as pessoas! Violão a gente toca pra se divertir, pra cantar com os amigos, pra fazer graça =P Isso sim é bom.


Um monte de coisas tem mudado. E isso não é tão ruim. Quebrar velhos hábitos, visitar lugares novos, superar paradigmas (frase que eu aprendi esse semestre). Isso tudo faz bem. Ontem foi meu aniversário, o primeiro (desde que me lembro), em que eu não fui na Primo Piato [10/07 - Dia da Pizza]. Mas fui em outra, muito boa. Aí entra a pizza de banana, citada no título. Na verdade ela não tem a menor importância no assunto. Só me deixou feliz, ter encontrado outra pizzaria legal. Não vou esquecer a antiga, que foi tão marcante no passado. Vou continuar sentindo aquela nostalgia quando passar na frente dela e ver a placa de "passo o ponto". Ou quando outro comércio abrir no lugar. Mas eu encontrei outro lugar legal. Espero que seja tudo sempre assim.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Máquina de superação

A Máquina


Acabei de assistir um dos melhores filmes brasileiros dos últimos tempos. Pelo menos na minha desimportante opinião.

O filme é... sublime! É leve, alegre, esperançoso. É uma história bonita, enfim. Além de ter umas falas geniais e um roteiro inteligentíssimo. Teoria da relatividade comendo solta!

Mas não é sobre o filme, esse post. Vendo esse filme comecei a pensar em outros filmes brasileiros que eu gosto. "O Auto da Compadecida", "O Caminho das Nuvens", "Hoje é dia de Maria" (sei que não é filme), que eu lembro agora. Tem tambe´m os que eu não vi (ainda): "O céu de Suely", "O ano em que meus pais saíram de férias", "Cinco frações de uma quase história".

Todos esses filmes tem em comum o relativamente baixo, se comparados a filmes americanos e europeus, custo de produção. E talvez seja a falta de verbas que faz os cineastas brasileiros procurarem outros atrativos para seus filmes, que não sejam efeitos especiais extáticos. Tá, grande parte deles busca esse elemento atrativo no erotismo sem sentido (eu ouvi alguém dizer pornochanchadas??), na comédia pastelão (Didi? Ah, faça me o favor) ou na violência gratuita (tropa de elite, qual é sua missão?). Mas felizmente a alguns que preferem chamar o público com algo mais sutil: Poesia e teatro.

O dramatismo, a originalidade de roteiros, a fotografia, a arte, tudo impressiona pela qualidade e pelo esmero. Mas se não fosse esse cuidado a mais, os filmes sem os vultuosos investimentos hollywoodianos estariam automaticamente fadados ao fracasso. Esse é mais um exemplo da infinita capacidade de superação humana. Sim, Nós somos peritos na bela arte contornar obstáculos, de vencer todas as improbabilidades com esforço e criatividade.

Fica aí a sugestão de leitura, "Como pessoas comuns se tornam extraordinárias": http://engodogeopolitico.blogspot.com/2008/03/como-pessoas-comuns-se-tornam.html
Post muito bem feito do amigo Fontes, lá no Engodo Geopolítico.

sábado, 5 de julho de 2008

Postado para as estrelas


Senhoras estrelas, gostaria de dedicar-lhes este post. Quero agradecer pela graça de vossa beleza, pelas noites em que ouvi "To the stars" (do Dragonheart) em vossa companhia.
Obrigado.

Amo vocês pelo seu brilho, pela alegria de vê-las no céu noturno. Por vocês me animarem quando estou triste, e por sorrirem quando estou feliz. Mas amo vocês pelo que vocês são, não pelo que me parecem. São maravilhas, momentos da mais pura inspiração divina, monumentos da beleza da física. São o mais próximo que nós, homens, podemos estar do infinito, da eternidade. Amo vocês, porque vocês me dão esperança de resistir ao desencantamento. Mesmo que sejam fiapos de esperança.

Jovem Vega, mesmo tua pouca idade não impede de seres grande, entre os maiores do firmamento.

Aldebaran, por que segue as sete irmãs? Escolhe uma, campeão!

Acrux, sobre ti está o sinal mais poderoso do ocidente.

Arcturus, parabéns, tens o nome de um herói. Sua sede de justiça será saciada, ss corações humanos serão postos na balança e a cada um será dado o que mercer.

Antares, fogo, raiva, coração do escorpião.

Betelgeuse, braço forte do guerreiro órion.

Canopus, capitão do navio das estrelas!

Alpha Lupi, minha preferida, a quem os meus semelhantes chamaram de Estrela guia e Estrela da sorte.

Sirius, mais brilhante das estrelas Cão maior, senhora de duas faces, senhora misteriosa

E por fim, Spica, diamante da doce virgem, que entristecida com a terra, buscou justiça no céu. Te amo.

Brilhem sobre nós até o fim, belas damas.

****************

"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!"

Mario Quintana; Das Utopias

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Nota #9

Tive uma conversa com uma amiga que me fez lembrar de uma passagem do Werther: "À noite, prometo-me o prazer de assistir ao raiar do sol e depois não me decido a deixar o leito; durante o dia, espero rejubilar-me com o luar e, afinal, permaneço no meu quarto. Não sei por que me deito e por que me levanto."

Ela havia me perguntado se algum dia eu já tive sentido vontade de simplesmente ficar o dia inteiro deitado, longe de tudo. E bom, já aconteceu uma vez. Em que eu acordei e não queria mais levantar. Queria ficar li deitado e dormir de novo, pra não ter que pensar em nada.

Mas nossa conversa me fez pensar em uma coisa. Por que é mesmo que eu levanto todos os dias?
Claro, falo metaforicamente. Quero dizer, qual o sentido disso tudo? O que nos motiva a manter nossa rotina?
O que devemos fazer? Só Kant explica.

Nem sei de nada, só sei que a resposta é 42.

Frase do dia: "Suddenly someone is there at the turnstile, the girl with kaleidoscope eyes!" - LSD

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Conto de um coração gelado - Parte II

Ouçam, ouçam todos, pois o conto trágico do bom bardo ainda há de terminar. Irmãos na fé, sócios na lei, companheiros na fome, rivais no amor. Ouvi todos agora o fim do conto de um coragão gelado.

Da fera os olhos brilhavam rubros, e a princesa, inerte em horrores turvos, de suas presas pendia dormente. À um suspiro da morte, de que a separava o bardo, somente. E no derradeiro fim, quando a fera vil, sangue real derramaria assim, Pyrlig tocou sem notar um acorde de desespero. A besta então parou e o bordo percebendo, continuou. Tocava lindas canções sobre amores e tragédias, guerreiros e princesas, cravos e camélias. Todo o furor de seu coração vibrava naquelas cordas e mantinha o lobo preso, em curiosa contemplação.

Durante horas tocou o bardo, que com o sangue de suas mãos, alimentou as musas que lhe decidiam o fado. Porém a noite fria castigava, e a exaustão lhe dominou. Por um segundo seus olhas se fecharam e a melodia vacilou. A fera saída de se transe rosnou, e um movimento de sua boca enorme fez gemer de dor a alva princesa. Pyrlig, ao ouví-la, recobrou energias e com musica a acalmou.

Mas o tempo mostrou a Pyrlig que saída não havia. o vento gelado da madruga os fios da via lhe cortaria. Já não podia mais mexer-se e seus dedos queimavam em dor. Não podia continuar, era o fim. Não haveria próximo acorde. Mas a sorte da princesa não a traiu, e velozmente pela estrada, em armadura brilhante e cavalo branco, um cavaleiro surgiu. Sua montaria do bardo desviou, e perante sua lança o lobo caiu. Tomando a princesa nos braços, o valente cavaleiro se ergueu. E com sensata urgência à cidade a levou.

Sozinho restara o bardo, sem forças para caminhar. Nos seus olhos, uma lágrima se fez cristal. O frio lhe tomva a vida. Não podia sentir suas mãos, seu rosto, seu peito, seu coração. E ali mesmo, em uma floresta esquecida pelos homens, morreu o poeta. Morreu com a dor de no fim falhar. Morreu fazendo a escolha certa. Morreu feliz por ter sua vida concedido à princesa, por uma chance de ser feliz. E até hoje, quem se atreve a viajar por aquela estrada antiga, ouve o som doce de um alaúde que sofre, e convida a ouvir sua história, que a todos comove.

E hoje no castelo do rei, um novo bardo faz a lei. Pois canta as palavras que nos sonhos do soberano ecoarão. Há música, e riso, alegria e esquecimento, o fogo continua a aquecer a sala. E um novo bardo canta as tristezas do mundo passado. Um bardo que não é ninguém senão este que aqui vos fala.

Fim

terça-feira, 1 de julho de 2008

Conto de um coração gelado


Senhoras e senhores, nobres e plebeus! Saúdo-vos com a graça do bom Deus, e agradeço vossa paciência. Rogo-vos que relevem a falta de habilidade deste pobre bardo, e aceitem de bom grado as palavras que lhes trago.
Contar-lhes ei a história que não é minha, mas de outro bardo do rei. Por Pyrlig o pobre sujeito respondia. Era magro e franzino e em seu rosto uma máscara sorridente trazia. Bardo e bufão, trovador e palhaço, seu alaúde era celestial e, piadista, não havia quem lhe fugisse ao laço.

Mais que bardo, bufão. assim era o miserável Pyrlig. Fazia cambalhotas e saltava do ar ao chão, arrancava risos incontidos, lágrimas de alegria e fazia de amor donzelas perderem os sentidos.
Era amado por todos, recebia honras e aplausos.

Porém seus próprios sorrisos eram sempre falsos. Assim descobriu a criança, ao ver um dia, no camarim, o choro que vinha dos olhos do bardo, escondido sob a máscara sorridente. "Porque choras bardo?" disse o menino. "Por nada que valha a pena ser dito, pequeno senhor". O garoto porém percebeu, como alguns outros, que todas as melodias, todas as canções, todos os olhares do bardo se concentravam nela. A princesa do castelo. Bela assim não havia, senhora dos sorrisos e dos abraços. Gentil com todos, a cada um reservava um olhar atencioso. Mas o bardo, triste mortal, ousou desejar o amor da princesa. Ousou pedir em seu coração que os olhares da princesa trouxessem algo além de gentileza.

Cada música que o bardo tocava, cada acorde dedilhado, tudo trazia seu amor. Tudo era pensado. Mas ele sabia, no fundo de seu peito, embora negasse, que tê-la era um impossível feito. Podia um homem se apaixonar pelas estrelas e ser feliz? E ao pensar nisso chorava, mas a mascara escondia suas lágrimas e ninguém podia vê-las.

"Terrível dor a vida me reservou" pensava sempre o bardo, cheio de imenso amor. E de assim pensar todo dia, cada vez mais o bardo sofria.
E assim foi, até que um dia, perdida numa noite tão escura e fria, vagava a carruagem da princesa. Uma longa viagem fora perturbada pela neve, que castigara duramente e agora caía leve. As estrada em frente seguia, deserta, tomando um rumo que ninguém sabia.
No interior da carruagem o bardo com sua musica a princesa encantava. Então um estrondo ecoou e o grito dos guardas se ouviu. No meio da estrada, de repente um lobo surgiu. Não um lobo comum, como se vê. Eram um monstro enorme, cria das sombras de feiticeiros, podem crer. A fera aniquilou os indefesos soldados e destroçou a carruagem. Tomando a princesa entre os dentes, estava prestes a matá-la.

Esperai! Amigos, companheiros, acalmai vossos ânimos. As horas passam, e o sol já nasce. Cessem as histórias e os cânticos. Histórias tristes devem ser cantadas ao luar. Voltai quando a Dama Branca se mostrar novamente. Então contar-lhes-ei o triste fim de um coração ardente.