O fim último de um sistema ideológico é, ou ao menos deveria ser, elevar as sociedades a níveis mais altos de felicidade. A diferença entre eles é o modo como eles pretendem atingir isso. E também como eles definem felicidade. Ao menos essa é a conclusão a que eu cheguei até agora.
Eu me considero um cara de direita. Só que eu detesto essas pessoas que são de direita só por escrotidão. Tá, eu sei que é divertido assumir posições meio autoritárias e dá um prazer sádico ver a repressão policial caindo sobre um grupo de jovens sonhadores, que protestam contra os bancos internacionais depois de um McLanche feliz com Coca-cola. Mas tem gente que é de direita só por isso. Só pra parecer durão e malvado. Por favor, não confundam direitismo (se é que isso existe) com conservadorismo cego ou conformismo. Comemorar o 31 de março de 64 não é ser de direita de verdade!
Eu andei mudando algumas visões que eu tinha. Mas isso é normal. Eu já fui do totalitarismo extremo ao anarcoliberalismo. Hoje o que eu venho tentando é assumir uma posição mais moderada. Todo radicalismo é, no mínimo, burro.
Vejam, quem me ouve falando, pode até achar que eu sou uma viúva da ditadura, burguês elitista ou um capitalista sem coração. Mas acreditem ou não, eu realmente acredito no que está escrito no primeiro parágrafo deste post. Sistemas político-econômicos devem existir para tornar a vida das pessoas melhor. Eu defendo sim privatizações, um Estado de proporções reduzidas, o conservadorismo moral (ao menos dentro da nossa sociedade), a autonomia do indivíduo... Os bons e velhos ideais de direita. Mas isso não me impede de ver o que tá errado.
A vida da maioria da população mundial é uma droga. Metade das pessoas no planeta não tem acesso à água tratada. Milhões de crianças no país tem uma educação ridícula, a violência se alastra e nossas grandes metrópoles são evidentemente autofágicas. Achar que isso não precisa mudar é cegueira ou cinismo. E quando eu pergunto pra um "jovem engajado" por que ele não leva um mendigo pra casa dele e pára com essa retórica besta de igualdade absoluta, me chamam de fascista!
É preciso reconhecer que nosso sitema tem erros, assim como qualquer outro terá. Só que esses erros estão no homem e não no sistema. O que a privatização de serviços essenciais e revogação dos direitos trabalhistas têm em comum? Ambos são um passo atrás na evolução da civilização, no sentido que levam o homem de volta à competição baseada no poder. Antes físico, hoje econômico. Porém não se pode extrapolar na análise desses dois casos. Privatizar a água potável, como tentou fazer um antigo governo boliviano, é diferente de privatizar a Vale do Rio Doce, ou as telefônicas. São campos econômicos que não são fundamentais à sobrevivência humana, e que têm por objetivo unicamente trazer lucro, o que não deve ser objetivo do Estado. Da mesma forma, a necessidade de proteger os trabalhadores não justifica blindá-los e engessar o mercado.
Mais uma vez retomando a idéia do primeiro parágrafo, todo direcionamento ideológico deve ter por fim a melhoria das condições de vida. Particularmente, desprezo ações pontuais que visem apenas aliviar as tensões sociais. Dar alimentos, brinquedos, roupas, etc, para as pessoas carentes é necessário. Mas não resolve o problema. É preciso tratar os sintomas, mas a patologia social deve ser atacada em seu cerne. Por isso acredito piamente que o trabalho, a educação e a cultura devem ser prioridades absolutas no combate ao subdesenvolvimento e à pobreza. Mas essas prioridades devem ser pensadas criticamente. O trabalho não deve ser só para a acumulação de bens, ou será motivo de frustração, e educação não deve ser só absorver conhecimentos técnicos e a cultura não é mero veículo para o escapismo.
Quando construirmos uma sociedade em que o trabalho seja visto como um instrumento para moldar o mundo em prol do indivíduo, em que a educação seja voltada para a ampliação do conhecimento e produção tecnológica e a cultura seja vista como elemento forjador de caráter e consciência social, teremos então as bases para tornar o Brasil um país igualitário, mas não idiotizante, que dê oportunidades iguais, mas que não nivele as pessoas por baixo, como tanto gostam os esquerdistas.
E antes que acusem este post de ser subversivo, reafirmo algumas posições:
Os homens não são iguais, existes pessoas superiores e inferiores, mas o que determina isso é o esforço e a capacidade pessoais.
O Estado é um Leviatã perigoso e precisa ser vigiado de perto.
Toda a força da lei precisa recair sobre o criminoso, e existem sim pessoas más por natureza.
Direito é ordem e sua função é impedir distúrbios que atentem contra a coesão da sociedade.
No fim, eu continuo de direita. E continuo sem coração, diria Churchil.
Eu me considero um cara de direita. Só que eu detesto essas pessoas que são de direita só por escrotidão. Tá, eu sei que é divertido assumir posições meio autoritárias e dá um prazer sádico ver a repressão policial caindo sobre um grupo de jovens sonhadores, que protestam contra os bancos internacionais depois de um McLanche feliz com Coca-cola. Mas tem gente que é de direita só por isso. Só pra parecer durão e malvado. Por favor, não confundam direitismo (se é que isso existe) com conservadorismo cego ou conformismo. Comemorar o 31 de março de 64 não é ser de direita de verdade!
Eu andei mudando algumas visões que eu tinha. Mas isso é normal. Eu já fui do totalitarismo extremo ao anarcoliberalismo. Hoje o que eu venho tentando é assumir uma posição mais moderada. Todo radicalismo é, no mínimo, burro.
Vejam, quem me ouve falando, pode até achar que eu sou uma viúva da ditadura, burguês elitista ou um capitalista sem coração. Mas acreditem ou não, eu realmente acredito no que está escrito no primeiro parágrafo deste post. Sistemas político-econômicos devem existir para tornar a vida das pessoas melhor. Eu defendo sim privatizações, um Estado de proporções reduzidas, o conservadorismo moral (ao menos dentro da nossa sociedade), a autonomia do indivíduo... Os bons e velhos ideais de direita. Mas isso não me impede de ver o que tá errado.
A vida da maioria da população mundial é uma droga. Metade das pessoas no planeta não tem acesso à água tratada. Milhões de crianças no país tem uma educação ridícula, a violência se alastra e nossas grandes metrópoles são evidentemente autofágicas. Achar que isso não precisa mudar é cegueira ou cinismo. E quando eu pergunto pra um "jovem engajado" por que ele não leva um mendigo pra casa dele e pára com essa retórica besta de igualdade absoluta, me chamam de fascista!
É preciso reconhecer que nosso sitema tem erros, assim como qualquer outro terá. Só que esses erros estão no homem e não no sistema. O que a privatização de serviços essenciais e revogação dos direitos trabalhistas têm em comum? Ambos são um passo atrás na evolução da civilização, no sentido que levam o homem de volta à competição baseada no poder. Antes físico, hoje econômico. Porém não se pode extrapolar na análise desses dois casos. Privatizar a água potável, como tentou fazer um antigo governo boliviano, é diferente de privatizar a Vale do Rio Doce, ou as telefônicas. São campos econômicos que não são fundamentais à sobrevivência humana, e que têm por objetivo unicamente trazer lucro, o que não deve ser objetivo do Estado. Da mesma forma, a necessidade de proteger os trabalhadores não justifica blindá-los e engessar o mercado.
Mais uma vez retomando a idéia do primeiro parágrafo, todo direcionamento ideológico deve ter por fim a melhoria das condições de vida. Particularmente, desprezo ações pontuais que visem apenas aliviar as tensões sociais. Dar alimentos, brinquedos, roupas, etc, para as pessoas carentes é necessário. Mas não resolve o problema. É preciso tratar os sintomas, mas a patologia social deve ser atacada em seu cerne. Por isso acredito piamente que o trabalho, a educação e a cultura devem ser prioridades absolutas no combate ao subdesenvolvimento e à pobreza. Mas essas prioridades devem ser pensadas criticamente. O trabalho não deve ser só para a acumulação de bens, ou será motivo de frustração, e educação não deve ser só absorver conhecimentos técnicos e a cultura não é mero veículo para o escapismo.
Quando construirmos uma sociedade em que o trabalho seja visto como um instrumento para moldar o mundo em prol do indivíduo, em que a educação seja voltada para a ampliação do conhecimento e produção tecnológica e a cultura seja vista como elemento forjador de caráter e consciência social, teremos então as bases para tornar o Brasil um país igualitário, mas não idiotizante, que dê oportunidades iguais, mas que não nivele as pessoas por baixo, como tanto gostam os esquerdistas.
E antes que acusem este post de ser subversivo, reafirmo algumas posições:
Os homens não são iguais, existes pessoas superiores e inferiores, mas o que determina isso é o esforço e a capacidade pessoais.
O Estado é um Leviatã perigoso e precisa ser vigiado de perto.
Toda a força da lei precisa recair sobre o criminoso, e existem sim pessoas más por natureza.
Direito é ordem e sua função é impedir distúrbios que atentem contra a coesão da sociedade.
No fim, eu continuo de direita. E continuo sem coração, diria Churchil.
10 comentários:
Engraçado, eu estava justamente pensando como um nerd poderia ser de direita.
Ai você veio e me exclareceu que, na minha concepção, você é um esquerdista disfarçado, igual o Gramsci era um direitista disfarçado de esquerdista.
Posso durmir tranqüilo agora.
Extra extra, 14 pessaos enganadas!
Mais um que vê a Direita como o Consenso de Washington!
Não se anime champz, ainda sou elitista, liberal e moralista.
E continuo sem entender como um nerd pode ser de esquerda!
E ainda defendo a privatização do sistema de saúde e das universidades.
Saúde não é essencial. O.o
e seu edit tirou metade do sentido do meu post auhehuaehuehuahueahueahueahuehua
Agora sim faz sentido!
Tão essencial quanto saúde. Acho que privatização não é uma boa palavra. No caso, terceirização ficaria melhor.
prefiro a da esquerda, me amarro nas morenas.
Pior que eu tb, mas considere a foto como mero elemento retórico.
Eu voto no John para presidente!!!!
uhauhauhauhauh
mas tbm sou contra privatizar as áreas de saúde e as universidades... onde já se viu deixar empresas decidirem como e o que vai ser ensinado ao nosso futuro? (sim, eu sei que você vai me dar uma resposta no estilo "o governo não vai deixar ser ensinado o que as empresas bem quiserem").... no mais, eu concordo com vc =P
Naaah, resposta errada.
O governo agora está decidindo isso.
Se a iniciativa privada ficar à cargo das universidades nós escolheremos o que vai ser ensinado. Assim é o mercado, quem paga manda.
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