Tenho um sério problema: não consigo jogar nada fora.
Guardo qualquer tranqueira velha que tenha o mínimo valor emocional, como provas do jardim de infância, ingressos antigos de cinema e pequenos bilhetes. E não consigo me livrar deles depois! Não sei, simplesmente sinto como se estivesse jogando fora um pedaço de história.
O resultado é que tenho pilhas e pilhas de papéis velhos, e que aumenta a cada dia. É tanta coisa inútil que de vez em quando eu encho uma caixa de papelão e jogo na lixeira. Só pra depois sentir aquelas pontadinhas de remorso. Mas já tem tempo eu resolvi isso. Ou melhor, arrumei um jeito de diminuir o ritmo com que esse lixo sentimental se acumula. Me desfaço das coisas antes que elas adquiram valor. E evito aquelas que tem valor intrínseco, como lembraças específicas.
Por isso, sigo algumas regras; não guardo em hipótese alguma conversas de Msn, pois algumas certamente se tornariam muito importantes pra mim, deixo, ao contrário do que fazia antes, que as mensagens novas no celular apaguem as antigas. Apago os e-mails pouco depois de os receber... enfim evito guardar as palavras das outras pessoas. Não que eu não goste de recebê-las, muito pelo contrário. Apenas tenho medo de dar valor demais à meras palavras.
Fora isso, há certas pessoas das quais eu evito a qualquer custo manter lembranças, fotos, por exemplo. E faço isso porque gosto demais dessas pessoas. E disse bem Shakespeare em uma de suas peças, que agora não lembro qual foi: "Guardar um objeto como lembrança tua seria aceitar a hipótese de que eu posso esquecê-la".
Guardo qualquer tranqueira velha que tenha o mínimo valor emocional, como provas do jardim de infância, ingressos antigos de cinema e pequenos bilhetes. E não consigo me livrar deles depois! Não sei, simplesmente sinto como se estivesse jogando fora um pedaço de história.
O resultado é que tenho pilhas e pilhas de papéis velhos, e que aumenta a cada dia. É tanta coisa inútil que de vez em quando eu encho uma caixa de papelão e jogo na lixeira. Só pra depois sentir aquelas pontadinhas de remorso. Mas já tem tempo eu resolvi isso. Ou melhor, arrumei um jeito de diminuir o ritmo com que esse lixo sentimental se acumula. Me desfaço das coisas antes que elas adquiram valor. E evito aquelas que tem valor intrínseco, como lembraças específicas.
Por isso, sigo algumas regras; não guardo em hipótese alguma conversas de Msn, pois algumas certamente se tornariam muito importantes pra mim, deixo, ao contrário do que fazia antes, que as mensagens novas no celular apaguem as antigas. Apago os e-mails pouco depois de os receber... enfim evito guardar as palavras das outras pessoas. Não que eu não goste de recebê-las, muito pelo contrário. Apenas tenho medo de dar valor demais à meras palavras.
Fora isso, há certas pessoas das quais eu evito a qualquer custo manter lembranças, fotos, por exemplo. E faço isso porque gosto demais dessas pessoas. E disse bem Shakespeare em uma de suas peças, que agora não lembro qual foi: "Guardar um objeto como lembrança tua seria aceitar a hipótese de que eu posso esquecê-la".
7 comentários:
Então somos dois, eu tenho pilhas e mais pilhas de bilhetinhos, fotos e cartas, não consigo me livrar de nada. Quando eu perco algo ou então jogo no lixo quase morro de rermoso. Eu sei como é triste isso.
Eu acho que isso é a coisa mais bonita que já vi aqui.
Eu não vivo de passado, mas o passado vive em mim, já dizia Paulinho da Viola.
Muito bonito mesmo.
No meu caso eu não jogo fora, mas também não guardo e alguém sempre joga fora por mim.
ps: duplo sentido.
e quando sua esposa estiver velha? Vai guardar ou jogar fora?
Huheuehuehuehehe! Tenho problemas parecidos! Sempre me apego às coisinhas mais bestas.
Como vc está, rapaz? Faz tempo que não sei de vc.
Beijo!
quando a esposa tiver velha ele arruma uma mais nova e mais magra como amante, sem jogar a esposa fora.
Também guardo tudo que tenha algum motivo especial, o que eu ache que tenha. Tenho duas caixas enormes de ingressos, eventos que fui, lembranças, não consigo jogar nada fora, como se fosse eu... Quem sabe um dia crio coragem e vou avante?!
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