Uma manhã desperdiçada nos braços de Morfeu, uma tarde jogada fora deliciando-me com futilidades supérfluas inúteis (foi muita perda de tempo mesmo). Enfim, um dia particularmente preguiçoso. Até a chuva veio preguiçosa. Não era de espantar que eu mesmo estivesse indolente aquela noite, enquanto caminhava até um palco para ver um teatro de bonecos encenar minha vida.
Por um momento naquele show bizarro de desencantos, naquela comédia dos erros, eu percebi alguém do meu lado. Mas quando eu olhava para ela não era necessariamente ela. Não era sua face que meus olhos me mostravam, ou seu perfume o que eu sentia. Era a essência que eu espero. Foi um instante, infinitesimalmente pequeno, em que eu talvez tenha percebido algo em seu "ser-em-si". Nessa eternidade efêmera não havia dúvidas, não importava a questão de Ser ou Existir. Mas também não havia certeza. Dubito ergo sum e se não duvido, não sou. Eu não era. E isso não era importante.
A chuva fina que caía gelada sobre nós dois parecia me entorpecer ainda mais. Isso é o satori? A iluminação súbita de quando um Koan dá um nó nas nossas cabeças? Não importa. 2500 anos de filosoia se apagavam com a chuva. Eu era feliz instantaneamente e o resto é o resto. Em todas as direções o céu coberto por padrões de nuvens era avermelhado ao poente. Pena que não podia te abraçar, te beijar, te amar! Pois logo o encanto foi sumindo e você estava novamente na minha frente, a sorrir . Eu era eu de novo, e era só isso. O mundo continuava chato. Mas o céu... esse ainda estava lá, pra não me deixar esquecer que por um segundo eu vi que tudo era uma coisa só. Viver, sentir, amar, ser, esquecer... nada disso tinha significado. Era só uma questão de achar a percepção certa.
Por um momento naquele show bizarro de desencantos, naquela comédia dos erros, eu percebi alguém do meu lado. Mas quando eu olhava para ela não era necessariamente ela. Não era sua face que meus olhos me mostravam, ou seu perfume o que eu sentia. Era a essência que eu espero. Foi um instante, infinitesimalmente pequeno, em que eu talvez tenha percebido algo em seu "ser-em-si". Nessa eternidade efêmera não havia dúvidas, não importava a questão de Ser ou Existir. Mas também não havia certeza. Dubito ergo sum e se não duvido, não sou. Eu não era. E isso não era importante.
A chuva fina que caía gelada sobre nós dois parecia me entorpecer ainda mais. Isso é o satori? A iluminação súbita de quando um Koan dá um nó nas nossas cabeças? Não importa. 2500 anos de filosoia se apagavam com a chuva. Eu era feliz instantaneamente e o resto é o resto. Em todas as direções o céu coberto por padrões de nuvens era avermelhado ao poente. Pena que não podia te abraçar, te beijar, te amar! Pois logo o encanto foi sumindo e você estava novamente na minha frente, a sorrir . Eu era eu de novo, e era só isso. O mundo continuava chato. Mas o céu... esse ainda estava lá, pra não me deixar esquecer que por um segundo eu vi que tudo era uma coisa só. Viver, sentir, amar, ser, esquecer... nada disso tinha significado. Era só uma questão de achar a percepção certa.
5 comentários:
infinitesimalmente... bela palavra
pena que durou tão pouco.
ps: Porque tem uma vagina gigante no céu da foto?
só pra avisar que comentei no seu post do engodo:
- Comentei no seu post do engodo!
puro poetico... e como sempre muito bom john ;)
:*
eu acho q... nada (?) BORED
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