segunda-feira, 23 de junho de 2008

A quite silly martyr

Lembro que quando o Papa João Paulo II morreu, uma manchete de jornal trouxe um texto que tinha como título: "Não há redenção sem martírio". Não lembro nada do texto. Só lembro do título.
Tem muita cara daquelas frases pra consolar loser, não é? Mas sei lá, gosto dela. Me lembra que quanto mais difícil for a prova, maior é a recompensa.

Hoje aconteceu uma coisa meio chata comigo e eu ainda estou meio bolado. Andei lendo histórias bem bonitas sobre uns santos (tenho planos de escrever algo aqui sobre um), por isso estou meio bobo. Um tanto emotivo. =P

Sei que vocês não gostam quando eu faço isso, mas deu vontade de ler essa poesia de Carlos Drummond de Andrade, então vou aproveitar e postá-la aqui (acho que de novo, e não será a última vez).

As sem razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Frase do dia: "Em toda parte, uma grande alegria é precedida por um grande sofrimento." - Santo Agostinho

3 comentários:

Comentador Fiel disse...

que coisa chata miguxo?

Nanda disse...

"Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim."

Johnatan. Ultimamente tenho constatado que amor não existe, é só algo que a gente inventa.

Cazuza diz:
"O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiiiiu"

É sempre assim. O frisson passa, e quando a gente se apaixona por outra pessoa, acaba achando que a paixão de antes nem era tão forte assim.

Amor vale a pena?

Não sei.
Nada sei.



Qual foi a coisa chata? Aquilo? =P

Comentador Fiel disse...

Fernanda me deixando curioso, isso não é lícito, nem moral, nem legítimo.