A cultura aparece em todas as formas com que nos expressamos. Nossos costumes, nossos hábitos, valores e convicções são parte da cultura, alimentados por ela e recriando-a sempre. Quando se lê um livro, estamos acrescentando algo ao nosso "acervo" de referências. Ou quando crescemos vendo TV absorvemos os juízos que nos foram ensinados. Isso tudo é um processo, em que os indivíduos criam, muitas vezes de maneira inconsciente, uma identidade construída com esses elementos reproduzidos na sociedade.
Esses significados que fluem dentro da sociedade são manifestados em praticamente qualquer formato. Se antes as manifestações culturais já eram amplas e abrangiam festas populares, literatura, dança, música, pintura, escultura... hoje, a revolução dos meios de comunicação fez explodir essas possibilidades. Ou talvez isso seja muito mais resultado de uma mudança na mentalidade. Se um livro pode trazer uma grande história e ser relevante no pensamento popular, porque uma história em quadrinhos não pode ser também? Muitas pessoas ainda têm preconceitos quanto a isso, mas nada impede que uma HQ, ou um videogame sejam tão significativos quanto um livro de Machado de Assis.
Apesar de na origem terem sido voltados para crianças, há quadrinhos ou jogos com grande complexidade e riqueza. Posso citar a Retalhos, de extrema sensibilidade, ou Fall Out 3, que não deixa nada a dever ao roteiro de um grande filme. Então por que não considerá-los manifestações culturais como são a literatura e o cinema?
Talvez porque um jogo não possa ser criado pelo povo, ou porque essas são plataformas bastante elitizadas. Contudo, a cultura como eu disse pode ser tanto contar quanto escutar histórias. E o cinema está quase tão longe da produção popular quanto o desenvolvimento de jogos. Quanto à elitização, vale lembrar que tem pouquíssimo tempo que a leitura, por exemplo, é algo relativamente (e bota relativo aí) democratizado.
Esses argumentos de modo algum retiram o caráter desses que eu defendo serem bens culturais, muito pelo contrário, apenas demonstram a necessidade de alternativas para garantir o acesso a eles.
Pode ser torrent? É uma discussão boa pra outro dia.
Esses significados que fluem dentro da sociedade são manifestados em praticamente qualquer formato. Se antes as manifestações culturais já eram amplas e abrangiam festas populares, literatura, dança, música, pintura, escultura... hoje, a revolução dos meios de comunicação fez explodir essas possibilidades. Ou talvez isso seja muito mais resultado de uma mudança na mentalidade. Se um livro pode trazer uma grande história e ser relevante no pensamento popular, porque uma história em quadrinhos não pode ser também? Muitas pessoas ainda têm preconceitos quanto a isso, mas nada impede que uma HQ, ou um videogame sejam tão significativos quanto um livro de Machado de Assis.
Apesar de na origem terem sido voltados para crianças, há quadrinhos ou jogos com grande complexidade e riqueza. Posso citar a Retalhos, de extrema sensibilidade, ou Fall Out 3, que não deixa nada a dever ao roteiro de um grande filme. Então por que não considerá-los manifestações culturais como são a literatura e o cinema?
Talvez porque um jogo não possa ser criado pelo povo, ou porque essas são plataformas bastante elitizadas. Contudo, a cultura como eu disse pode ser tanto contar quanto escutar histórias. E o cinema está quase tão longe da produção popular quanto o desenvolvimento de jogos. Quanto à elitização, vale lembrar que tem pouquíssimo tempo que a leitura, por exemplo, é algo relativamente (e bota relativo aí) democratizado.
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