sexta-feira, 5 de março de 2010

Histórias a gente inventa e escuta

A cultura aparece em todas as formas com que nos expressamos. Nossos costumes, nossos hábitos, valores e convicções são parte da cultura, alimentados por ela e recriando-a sempre. Quando se lê um livro, estamos acrescentando algo ao nosso "acervo" de referências. Ou quando crescemos vendo TV absorvemos os juízos que nos foram ensinados. Isso tudo é um processo, em que os indivíduos criam, muitas vezes de maneira inconsciente, uma identidade construída com esses elementos reproduzidos na sociedade.

Esses significados que fluem dentro da sociedade são manifestados em praticamente qualquer formato. Se antes as manifestações culturais já eram amplas e abrangiam festas populares, literatura, dança, música, pintura, escultura... hoje, a revolução dos meios de comunicação fez explodir essas possibilidades. Ou talvez isso seja muito mais resultado de uma mudança na mentalidade. Se um livro pode trazer uma grande história e ser relevante no pensamento popular, porque uma história em quadrinhos não pode ser também? Muitas pessoas ainda têm preconceitos quanto a isso, mas nada impede que uma HQ, ou um videogame sejam tão significativos quanto um livro de Machado de Assis.

Apesar de na origem terem sido voltados para crianças, há quadrinhos ou jogos com grande complexidade e riqueza. Posso citar a Retalhos, de extrema sensibilidade, ou Fall Out 3, que não deixa nada a dever ao roteiro de um grande filme. Então por que não considerá-los manifestações culturais como são a literatura e o cinema?

Talvez porque um jogo não possa ser criado pelo povo, ou porque essas são plataformas bastante elitizadas. Contudo, a cultura como eu disse pode ser tanto contar quanto escutar histórias. E o cinema está quase tão longe da produção popular quanto o desenvolvimento de jogos. Quanto à elitização, vale lembrar que tem pouquíssimo tempo que a leitura, por exemplo, é algo relativamente (e bota relativo aí) democratizado.

Esses argumentos de modo algum retiram o caráter desses que eu defendo serem bens culturais, muito pelo contrário, apenas demonstram a necessidade de alternativas para garantir o acesso a eles.

Pode ser torrent? É uma discussão boa pra outro dia.

10 comentários:

Pequeno Grande Homem disse...

apoiado companheiro macaco!

Cruj Cruj
Tchau!

John, O Lobo disse...

Óbvio que eu sou o Caju...

Comentador Fiel disse...

Você é alto,logo é o Macaco.

SObre o post, o problema é que eles são feitos por nerds e para nerds e só agora essa cltura está se tornando popular.

Poeta Idealista disse...

Ser nerd está na moda, Gustavo =P

Acho que são bons meios de tornar mais acessível a cultura. Eu, por exemplo, aprendi os verbos irregulares de Inglês jogando Pokémon cut! cut! cut! - haha.

Unknown disse...

Aprendi que carrinho por trás é cartão amarelo e que o carro vermelho é sempre o mais rápido. haha brinks

Torrent, alternativa que tem garantido acesso a umas coisinhas a mais, meesmo. Já os meios éticos e jurídicos disso tudo é com vcê num próximo post ai, né? (:

Natália disse...

acho que devia ser tudo liberado, é tudo tão caro e depois fica o mundo falando que brasileiro n tem cultura, acho que devia ser TUDO de graça

Pequeno Grande Homem disse...

A cultura do brasileiro é uma, a da mesquinhagem e da ladroagem!!

Mão no bolso que vai começar!!!

O Roubolation tion
O Roubolaatioon!

Lecram disse...

Post novo, heim heim?

Pequeno Grande Homem disse...

Espera-se post novo.

grato!

Comentador Fiel disse...

É só começar a transar que você esquece do blog né?

Ainda bem que eu sou BV, virgem e tetudo!