domingo, 1 de agosto de 2010

Enquanto isso, no lustre do castelo...


Cada pergunta só leva a mais perguntas. Eu quis criar uma medida para a razão prática. Quis entender a ontologia do capitalismo e a metafísica dos sentimentos. Eu inquiri sobre a catarse e a melancolia e como o juiz questiona uma testemunha, interroguei a natureza, forçando-a a me entregar seus segredos mais escondidos.

Do amor à tragédia, de tudo eu perguntei. Mas as respostas só iluminavam o espaço em branco da minha mente, revelando novos vazios. E assim, após tristeza e dúvida e frustração, salvei-me de minha angústia. A Odisséia pelo conhecimento é um processo que não há de parar. E mais que angústia, sinto alegria. Claro, a outra opção é o tédio. Prefiro o ímpeto de um Ulisses inquieto.

4 comentários:

Mandy disse...

olha quem decidiu voltar a postar =D

Rábula disse...

Achei que só eu dizia "enquanto isso, no lustre do castelo...". Vai ver só eu digo mesmo, você só colocou no blog.

Estive pensando esses dias: será que a gente vai chegar um belo dia e dizer "to satisfeito com o que consegui. Não desejo mais nada, apenas continuar vivendo"?

É aí que o jovem se torna velho?

Lecram disse...

Numa voltinha mo-des-ta de bicicleta por Brasília...

...ele fala com sorrisão no rosto: A vida só faz sentido enquanto fenômeno estético, ela deve ser bela para ser vivida, ser bela pra ter um sentido!

Já tinha lido isso em outros momentos, Nietz ou kant, algum desses. Mas fez muito mais sentido no espírito pedal-bucólico e de liberdade total do dia.

O cansaço da hora só me deixou absorver. Mas deu o que pensar pela resto da semana, se deu!

Comentador Fiel disse...

Mas o que acontece com Ulisses no final mesmo?