CD solo da Fernanda Takai, cantando músicas da Nara leão. Muito bom, recomendo.
"A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado"
"Com o meu baião estarei
Desenhando um outro céu
Onde brilhem os olhos seus"
"Se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim"
terça-feira, 28 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Da coragem
Sempre foi minha visão que coragem significa aceitar com serenidade aquilo que você não pode mudar. Seria agir de acordo com o que é necessário, independente da dor, ou dos prejuízos que você causaria a si mesmo. Sempre achei que coragem era transcender o eu e fazer o que é certo.
Um filósofo um pouquinho mais relevante que eu, Aristóteles, dizia, porém, que a coragem era o substrato das outras virtudes, porque representava a força de vontade necessária para se manter firme aos seus ideais e princípios. Tudo bem, concordo 100%.
Mas quando eu vou pôr em prática as duas formas de coragem, posso cair (e caio) em um paradoxo. O que acontece se meus princípios me dizem para agir de maneira que racionalmente não é a "justa" ou "certa"?
Sob qualquer ótica, posso estar fazendo algo correto, mesmo que seja extremamente difícil para mim, é algo que eu não quero em absoluto. Mas é necessário e por isso ajo assim. Seria eu então um corajoso? Um símbolo de perfeição estóica.
Porém meus princípios me condenam, acusando-me de trair não uma pessoa, mas meu próprio sentimento. Aquilo em que eu acredito me fazer querer resistir a tomar essa atitude radical. Olhando pela minha definição, considero-me o mais covarde dos homens. Sinto mesmo esse tremor ignóbil por todos os cantos deste mesmo blog, por exemplo. É preciso fazer o que se tem que fazer, é preciso dizer o que se tem que dizer. E muitos vezes acho que o que aqui está escrito deveria ser dito.
No fim, acho que minha própria idéia de coragem prevalece. Pelo menos pra mim. Mesmo com dano meu, preciso fazer o que a lógica impõe como certo.
Frase do dia: "Não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo." - Gustave Flaubert
Um filósofo um pouquinho mais relevante que eu, Aristóteles, dizia, porém, que a coragem era o substrato das outras virtudes, porque representava a força de vontade necessária para se manter firme aos seus ideais e princípios. Tudo bem, concordo 100%.
Mas quando eu vou pôr em prática as duas formas de coragem, posso cair (e caio) em um paradoxo. O que acontece se meus princípios me dizem para agir de maneira que racionalmente não é a "justa" ou "certa"?
Sob qualquer ótica, posso estar fazendo algo correto, mesmo que seja extremamente difícil para mim, é algo que eu não quero em absoluto. Mas é necessário e por isso ajo assim. Seria eu então um corajoso? Um símbolo de perfeição estóica.
Porém meus princípios me condenam, acusando-me de trair não uma pessoa, mas meu próprio sentimento. Aquilo em que eu acredito me fazer querer resistir a tomar essa atitude radical. Olhando pela minha definição, considero-me o mais covarde dos homens. Sinto mesmo esse tremor ignóbil por todos os cantos deste mesmo blog, por exemplo. É preciso fazer o que se tem que fazer, é preciso dizer o que se tem que dizer. E muitos vezes acho que o que aqui está escrito deveria ser dito.
No fim, acho que minha própria idéia de coragem prevalece. Pelo menos pra mim. Mesmo com dano meu, preciso fazer o que a lógica impõe como certo.
Frase do dia: "Não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo." - Gustave Flaubert
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Um conto de fé e angústia.
Olhei a lua cheia no céu escuro. Ela estava só, linda e prateada em um céu sem estrelas. Eu só tinha olhos pra ela, cada instante eu dedicava a admirar seu brilho. Mas do meu lado alguém precisava de atenção. Como pode essa linda garota estar aqui ao meu lado, esperando uma palavra bonita, e eu só conseguir olhar para a luz distante de um sonho? Talvez seja um excesso de fé, um sentimento cego de crença em uma ilusão? Ela me diz algo, eu só concordo, mesmo sem entender e continuo pensando.
O que é fé? É acreditar muito em algo sem ter certeza. Mas eu posso ter certeza de alguma coisa? Não consigo mais acreditar em nada! Me esforço pra ser fiel a sentimentos bonitinhos, a morais sólidas e a visões bem definidas. Mas agora pra mim tudo parece questionável. Não consigo definir o mundo, a vida, a verdade, nada. Tudo parece relativo demais. Essa falta de um apoio me gera angústia. É como um gosto amargo na boca, ou uma fome que corrói por dentro.
Ela me abraça e me dá carinho. Acha que eu posso amá-la. Mas como, se eu nem sei o que é amor? A brisa fria da noite me alegra. E continuo agarrado a um fiapo de fé, tentando acreditar em algo que valha a pena. Mas olho o mundo lá embaixo e sinto medo. Medo de não sentir mais nada, porque sei que no dia em que eu abandonar meu coração, não terei volta.
E dentro do meu peito agora brigam a fé e a angústia. Mas a última é forte. Ela é o vazio, e isso me lembra um filme, em que o vazio tomava forma para engolir um reino inteiro. E sua forma era negra e assutadora. Era a forma de um lobo.
Então, com um beijo a menina me trouxe de volta das divagações. Ah, eu gostaria de poder abraçá-la de volta como ela merece, sentir seu corpo e querer beijá-la, sem pensar sobre o que eu sinto por ela. Queria não ter que pensar tanto em tudo. Antes eu achava que o caso mais grave de angústia era o suicída, que ao duvidar de tudo e ver qualquer sentido se esvair, acaba com a própria vida, que, por lógica, acha desnecessária. Mas agora vejo que o caso mais grave de angústia é perder toda a fé e duvidar, duvidar tanto que nenhuma decisão parece absoluta, que a própria dúvida ocupa o lugar do ser. É quando o questionamento se torna incessante. A angústia máxima, vejo agora, é a angústia do filósofo.
O que é fé? É acreditar muito em algo sem ter certeza. Mas eu posso ter certeza de alguma coisa? Não consigo mais acreditar em nada! Me esforço pra ser fiel a sentimentos bonitinhos, a morais sólidas e a visões bem definidas. Mas agora pra mim tudo parece questionável. Não consigo definir o mundo, a vida, a verdade, nada. Tudo parece relativo demais. Essa falta de um apoio me gera angústia. É como um gosto amargo na boca, ou uma fome que corrói por dentro.
Ela me abraça e me dá carinho. Acha que eu posso amá-la. Mas como, se eu nem sei o que é amor? A brisa fria da noite me alegra. E continuo agarrado a um fiapo de fé, tentando acreditar em algo que valha a pena. Mas olho o mundo lá embaixo e sinto medo. Medo de não sentir mais nada, porque sei que no dia em que eu abandonar meu coração, não terei volta.
E dentro do meu peito agora brigam a fé e a angústia. Mas a última é forte. Ela é o vazio, e isso me lembra um filme, em que o vazio tomava forma para engolir um reino inteiro. E sua forma era negra e assutadora. Era a forma de um lobo.
Então, com um beijo a menina me trouxe de volta das divagações. Ah, eu gostaria de poder abraçá-la de volta como ela merece, sentir seu corpo e querer beijá-la, sem pensar sobre o que eu sinto por ela. Queria não ter que pensar tanto em tudo. Antes eu achava que o caso mais grave de angústia era o suicída, que ao duvidar de tudo e ver qualquer sentido se esvair, acaba com a própria vida, que, por lógica, acha desnecessária. Mas agora vejo que o caso mais grave de angústia é perder toda a fé e duvidar, duvidar tanto que nenhuma decisão parece absoluta, que a própria dúvida ocupa o lugar do ser. É quando o questionamento se torna incessante. A angústia máxima, vejo agora, é a angústia do filósofo.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Post tampão #1
Léo e Bia separaram-se há vinte e cinco anos.
Nos últimos dias descobri que para escrever em um blog não é preciso criatividade. As boas idéias não são reservadas aos criativos, para escrever alguma coisa boa é preciso um motivo.
É igual escrever músicas, como essa do vídeo. É preciso haver um porquê, uma fagulha inicial, mesmo que ela seja ignorada. A frase em que eu mais penso antes de escrever é "O que eu quero dizer?", e nesses últimos tempos não estou achando resposta.
Nem consegui pensar em uma frase para fechar o post, já que eu não consigo ver uma finalidade explícita pra ele, tá vendo?
Nos últimos dias descobri que para escrever em um blog não é preciso criatividade. As boas idéias não são reservadas aos criativos, para escrever alguma coisa boa é preciso um motivo.
É igual escrever músicas, como essa do vídeo. É preciso haver um porquê, uma fagulha inicial, mesmo que ela seja ignorada. A frase em que eu mais penso antes de escrever é "O que eu quero dizer?", e nesses últimos tempos não estou achando resposta.
Nem consegui pensar em uma frase para fechar o post, já que eu não consigo ver uma finalidade explícita pra ele, tá vendo?
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Clássicos! #3
Rua nascimento silva, 107
você ensinando pra Elizete
as canções de canção do amor demais
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
você ensinando pra Elizete
as canções de canção do amor demais
lembra que tempo feliz, ai, que saudadeÉ, meu amigo só resta uma certeza
Ipanema era só felicidade,
era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
*Quem sabia que eu gosto desse tipo de música?
E sinceramente, fico intrigado com essa preferência geral por funk se tem muita música brasileira muito boa.
E sinceramente, fico intrigado com essa preferência geral por funk se tem muita música brasileira muito boa.
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