quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Liberdade é ter coragem

Liberdade não é ilusão. Liberdade é ao mesmo tempo o fim e a base da existência humana, você pode tirar tudo de homem exceto sua liberdade. Ao menos não pode deixá-lo perceber isso. Uma pessoa que percebe não ser livre sempre irá seguir um caminho entre dois: Vai surtar e lutar até a morte para se soltar de suas correntes, ou vai lentamente perder sua imagem como ser humano e se acostumar.

Definir a liberdade é uma das grandes questões enfrentadas pela filosofia. Por exemplo, os iluministas dos séculos XVII e XVIII, e principalmente Immanuel Kant, identificavam liberdade com vontade; um homem livre era aquele que tinha o comando de sua própria vontade. Essa visão, apesar de um tanto reducionista é bastante satisfatória para boa parte das situações. Ser livre é se desligar do que prende a sua vontade e não se submeter ao que o mundo diz que é certo ou errado. Liberdade é então autonomia.
Liberdade é dançar em um mundo estático


Claro, essa discussão requer uma consideração muito maior da complexidade que nos cerca, somos influenciados por uma infinitude de situações e é muito complicado colocar a liberdade como mera relação interna. Mas quer saber, pouco importam as grandes considerações metafísicas. Liberdade agente faz aqui, agora. No fundo o que conta mesmo é o que sentimos. Realidade é isso aqui, o que sentimos. o resto é mero idealismo. Passado, futuro, não são de fato relevantes. Assim, a liberdade é o que fazemos no presente, fazermos o que temos vontade, quando tivermos vontade.

E nisso eu já não me sinto mais tão nietzscheano, não quero mais que minha vida seja um embate de vontades que desejam submeter a outra. Isso eu aprendi, quero ser livre e estar com alguém livre. Quero estar com alguém que faça o que tem vontade, quando tem vontade.

Um comentário:

Comentador Fiel disse...

"Quero estar com alguém que faça o que tem vontade, quando tem vontade."

um bom desejo, talvez eu parafraseasse um dia.