sábado, 21 de junho de 2008

Nivelando por baixo

"_O Estado deveria garantir que todos tivessem as mesmas oportunidades no começo. Aí cada um chegaria tão longe quanto maior fossem suas capacidades.
_ E quem não conseguisse chegar lá? Foda-se?
_ O Estado não é babá."

Trecho de conversa com um amigo

Sou defensor incondicional da meritocracia. Inverto aquele adágio vermelho: "De cada um de acordo com suas capacidades, a cada um de acordo com suas necessidades". Prefiro: "A cada um de acordo com suas capacidades".

Caras, o papel do Estado é garantir um mínimo de ordem social e dar a todos condições de ter uma vida digna. Ele tem que dar às pessoas possibilidades de crescimento econômico e intelectual. Mas isso não se faz dando um salário mínimo todo mês. Se faz, sim, dando educação de qualidade, fomentando o desenvolvimento de todas as etapas da vida escolar e whatever. Beleza, até aí, clichê.

O meu ponto na verdade é outro.
Depois que o Estado estiver trabalhando no seu escopo legítimo e atuando de forma a garantir uma verdadeira igualdade de condições, o que fazer com as pessoas que não se encaixarem no sistema? E com os que simplesmente não conseguirem viver bem com seu próprio trabalho?

Nada!! Não se faz nada!!
Bem, a vida é assim né? As pessoas não são iguais. Inevitavelmente algumas irão galgar os degraus da sociedade mais facilmente que outras. Não houve momento em que isso não ocorresse. E o Estado não é paizão de ninguém pra ter que sustentar os menos competentes. Dar-lhes uma condição mínima de sobrevivência, claro, deve ser feito. Mas por que penalizar os bons em favor dos ruins?? Por que tem que haver essa mediocrização da sociedade?

8 comentários:

Comentador Fiel disse...

e se mesmo com educação não houvesse empregos o suficiente para todos?

Você ia deixá-los morrer a míngua?

Ilana Kenne disse...

Ouvi falar de uma socióloga que acha que o governo devia dar 1 milhão de indenização pra cada negro do Brasil. Hmmmm, tá.

John, O Lobo disse...

Construir um país novo não é só dar educação. Tem reforma agrária, reformas trabalhistas, incentivo ao empreendedorismo...

E em último caso, tem sempre o conselho dos prussianos:
"O melhor remédio pra tensão social é uma boa e velha guerra".

Hehe, não eu to zuando. Mas falta de empregos não é algo inescapável. O Brasil mesmo já viveu momentos de pleno emprego. Quando entrarmos em outro, aí sim, deixe-os morrer à mingua.

Comentador Fiel disse...

e se os critérios pra arrumar emprego não te favorecem, você aceitaria essa situação ou se revoltaria contra o sistema?

L.C.C disse...

john vc teve mta coragem ao colocar seu ponto de vista de direita hehe. Infelizmente a maioria nao entende ou entao nao aceita principalmente onde estudamos. Ta de parabens de qualquer jeito

Pequeno Grande Homem disse...

eu concordo com vc! O estado deve dar uma condição mínima de sobrevivência, e eu incluo nisso alguns incentivos que, por exemplo, a inglaterra dá com salários para desempregados. O dilema existe porque existe muito emprego no nosso país, o que não tem é o emprego que você quer. Sempre pensei assim, trabalha quem quer. Quantos milionários (como nosso grandíssimo Sr. Abravanel) não eram um zé ninguém. Oportunidade existe para todos.

John, O Lobo disse...

Champz, é assim que deve ser. Você é que tem que se adequar ao mercado de trabalho e não o contrário.

Se o sistema dá as chances e vc não quer aceitar o que te é oferecido, não pode reclamar.

Comentador Fiel disse...

Deus do céu, que absurdo você acaba de escrever.

Eu sei e você sabe que você não é conformista como essa última frase fez parecer.

E pro Ramx, já leu Keynes e a teoria da curva não-contínua?