segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sinta só


Esse é um dos meus quadros favoritos; "O beijo", de Gustav Klimt. Não é exatamente uma graaande obra de arte, não chama atenção pela qualidade técnica do artista, e não mostra preciosismo algum. O que me agrada nele é a aparente simplicidade, sem a frieza minimalista. Ele é quase monocromático, mas é um dourado vibrante, e o detalhes existem, mas se confundem com o todo. Um dia desses aí eu vi um texto de um crítico interpretando o quadro. Segundo ele, a obra supostamente retrata o momento em que uma mulher submissa entrega-se ao amante na beira de um precipício. Especula-se, porém que a mulher resiste às investidas do homem, o que se vê no rosto que evita os lábios masculinos e na posição das mãos. Bom, foi o que o cara disse. Ele pode ser mera representação da sexualidade violenta do homem, como pode ser uma metáfora para como as paixões nos conduzem ao abismo.

Enfim, de qualquer forma eu gosto desse quadro porque não precisa pensar muito pra gostar dele. Ele me parece espontâneo, um simples e amoroso beijo. Sem grandes pretensões, até o tema do quadro me parece simples. Um beijo no campo. E críticos de arte são bobões.
A mulher é delicada, ela se entrega, mas também age. O homem parece seguro e passa confiança à sua amante. Ambos incorporam uma essência da paixão, de certa forma. É como se fosse um momento ideal.

Cara, que post gay.

5 comentários:

Comentador Fiel disse...

fora que até pouco tempo era o quadro mais caro da história.

Rábula disse...

Enfim, de qualquer forma eu gosto desse quadro porque não precisa pensar muito pra gostar dele.


Não não, esse não é o bom e velho John.


E achei interessante a mão dela... É como se ela estivesse resistindo e, no momento em que ela cedeu, foi tirada uma foto. Como quem se entrega, como quem tentou ser forte... só não sabemos se o que venceu foi a força do homem ou o próprio desejo desta mulher. Esse deve ser o amante e o corno deve estar trabalhando :D

John, O Lobo disse...

Muito perspicaz!


Mas entenda jovem Rábula, acho que as coisas mais belas tem uma beleza inerente. Você não precisa pensar pra apreciar o pôr-do-sol. Basta olhar e ver que é bonito, é como essa obra. Não tem uma grande mensagem, é só olhar e gostar.

Isso não quer dizer que eu não vá gostar de coisas complexas que demandem reflexão.
Como vc viu, precisa saber um pouco de filosofia pra entender a pintura do post abaixo. E é uma obra genial.

Rábula disse...

Retificando:

Sim sim, este é o bom e velho John.

Pequeno Grande Homem disse...

Tem mto mais paixão que resistência nesse quadro!