sexta-feira, 4 de abril de 2008

Além do Ben e do Mao

Modéstia é para os tolos, prefiro a sinceridade.

Qual o problema de reconhecer a própria grandeza? Se você é bom em alguma coisa, por que dizer que você não é?

Nietzsche já falava de como a moral cristã é corrosiva para o homem. O bigodudo falhou nesse ponto, ao achar que na sociedade ideal o forte subjulgaria o fraco e seria entronizado na sua amoralidade. Porém vejo uma boa idéia no seu ataque à modéstia. Ela é uma divinização da fraqueza, uma demonização da força. O forte deve ter orgulho disso, e o fraco deve procurar o próprio crescimento.

Faço porém minha ressalva. A linha que separa o orgulho da arrogância é tênue, e assim como devemos aceitar nossas qualidades, precisamos ser cientes dos nosso defeitos. Ninguém é perfeito e definir quais são as qualidades mais desejáveis numa pessoa é um julgamento de valor que cada um fará do seu jeito. Portanto mesmo sendo os melhores naquilo que fazemos, precisamos nos lembrar de que aquilo não nos torna superiores a ninguém.

Aliás, eu acredito que o momento máximo do ser humano é quando ele descobre a própria insignificância perante o universo, pois é apartir daí que ele pode iniciar sua jornada em busca de conhecimento.

*Estou sendo repetitivo? É que eu tive umas conversas sobre isso e estava lembrando.

3 comentários:

Rábula disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rábula disse...

Eu acho que se você é o melhor em algo você é, sim, melhor do que muitas pessoas. E quem te inveja enxerga arrogância no lugar de orgulho. E o ser humano não é insignificante, ele pode mudar o universo. Pode criar e destruir...

Diaz disse...

Concordo que é tênue a diferença entre orgulho e arrogância, mas vale lembrar, como o Jarra falou, que para os invejosos o melhor por mais humilde que seja será sempre visto como arrogante.
Ao contrário do Jarra não acho que o homem seja capaz de mudar o universo, mas dá pra fazer muita coisa. hahaha