sábado, 31 de maio de 2008

Aventuras no Tribunal #1

Hoje meus caros, fiquei frente à frente com um dos homens mais importantes do nosso sistema jurídico, o Ministro presidente do STJ, Humberto Gomes de Barros.
Bom, ele é velho e é baixinho. Eu sempre tive essa imagem de que pessoas importantes deveriam ser altas...

Mas enfim, de fato é um tanto estranha a sensação de apertar a mão de alguém que tem poder de verdade. Imaginem este pobre jovem que vos escreve, um garoto de barbas por fazer, encontrando-se com o presidente da última instância judicial em matéria infra-constitucional!

Ele foi a primeira pessoa realmente importante nacionalmente que eu já encontrei. E observando ele que eu descobri o que significa poder: É fazer com que os homens se levantem e se impertiguem e que as mulheres se arrumem e sorriam quando você passa.

Acontecerá comigo também, quando eu for procurador.

Até breve!

Ps: No fim de semana eu também um carro-forte da BRINKS! =)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Peanuts: what love means



quarta-feira, 28 de maio de 2008

Anachronism

Um dos primeiros sintomas do envelhecimento é se pegar dizendo qualquer frase que comece com "Na minha época...".
Todas as gerações, por algum motivo, tendem a fantasiar a época em que foram jovens, de modo que o céu era sempre mais azul, os políticos mais honestos e os doces mais baratos. Sempre foi assim.

Isso me parece um bocado com escapismo, principalmente quando ouço jovens falando isso (me incluo aí). "Ficar sentado num canto da festa pensando como seria melhor se o mundo hoje fosse igual ao do século XIX" li isso em algum lugar por ai...

Embora seja tão legal, muita coisa mudou e não faz muito sentido sair numa busca quixotesca de um tempo que já passou. A infância foi boa, façamos então uma juventude melhor ainda! Ficar relembrando e se condoendo por coisas que já foram não é exatamente a fórmula da felicidade.
É difícil ser um "oldschool boy. Ter um jeito meio retrô deve ser bem legal, mas arriscado. Você corre o risco de receber o carinho que quer, mas vai ser o carinho que se sente por algo velho e inútil, amado demais pra ser jogado fora e antiquado demais pra ser aproveitado. Tipo uma geladeira à gás.




Voltaremos à moda!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Peanuts, sabedoria pura.

Pra quê outras coisas?

sábado, 24 de maio de 2008

Mundos paralelos



Não se assustem, são 40 minutos bem gastos.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A physicist fate

*Um casal, deitado sobre o telhado de uma casa, observa as estrelas*

_ Que noite linda _ diz a garota.
_ Linda mesmo. Faz tempo que eu não paro pra olhar o céu assim. _ Responde o rapaz
_ Desde que você entrou na faculdade?
_ Exatamente.
_ Muito trabalho? Desde que você começou lá anda meio... em alfa...
_ Em alfa? A estrela mais brilhante de uma constelação? Então é bom! (=])
_ Seu bobo! Calouro e já falando que nem físico!
_ Ainda estou looonge de estudar astronomia. Só prestei atenção na escola. E eu não sou calouro, já estou a um ano e meio lá!
_ Calouro tipo C. (=P)
_ (õ.o) Enfim... como anda sua vida aqui? Ainda namorando aquele brutamontes sem cérebro?
_ Ei, por que você sempre implicou com o carlinhos? Tá com ciúmes? Mas não, não estou mais com ele... *olhar triste*
_ Peraí, não fica com essa cara! Você tá triste por causa daquele parvo??
_Um pouquinho... mas não é por ele... Sabe, às vezes acho que nunca vou encontrar alguém certo pra mim.
_ Quê isso, nada a ver. De onde você tirou essa idéia? Uma garota bonita como você tem tudo o que quiser!
_ Ah, não é tão fácil assim. Sabe, eu fico super confusa, tem horas em que parece que todo mundo me olha, mas eu sou invisível. Ou que ninguém me vê como eu gostaria...
_ Confuso mesmo hehe. Mas a vida é confusa. Tudo é meio paradoxal. Essas estrelas pra que estamos olhando por exemplo; Muitas delas já desapareceram. Estamos olhando pro passado agora. Já imaginou? Toda essa beleza pode já estar morta. A própria luz é confusa. Pode ser onda, pode ser partícula... ela se adequa à situação. outro exemplo, evoluímos contra a entropia, graças à entropia. A própria confusão do universo nos fez tão racionais. Viu? Nada é certinho, mas tudo tem uma lógica.
_Nossa. Quem mandou eu ter um amigo físico? *risos*
_ É.. um amigo...
_ Claro, meu amigo, não quero que nada jamais estrague nossa amizade_ A menina sorri e abraça o ombro do rapaz.
_ Eu também_ responde o menino pensativo_ Me diz uma coisa, lu...
_ O quê?
_ Você já ouviu falar no gato de schrödinger?
_ Hum... não que eu me lembre, Por que?
_ Ah... Nada, esquece._ O rapaz, então, ternamente beija a menina no rosto.


terça-feira, 20 de maio de 2008

Nota #5

Sei que prometi escrever sobre livre-arbítrio, mas decidi exercer o meu e mudei de idéia.
Hoje eu tô bolado.

Perdi minha carteira e felizmente a encontrei novamente. Mas uma das coisas mais importantes que havia nela, sumiu. Era uma lembrança de um tempo mais ingênuo. Em que ser feliz era brincadeira. Uma pena, junto com um antigo cordão que eu usava, era símbolo de algo que já passou.

É, já passou. Era uma etiqueta de urso de pelúcia. Sabe, aquelas plaquinhas de papelão que têm o nome do fabricante e do brinquedo? Pois é. algo bem sem valor. Mas era a única lembrança que me restava de alguém muito importante, que eu guardava a um bocado de tempo.

Fazer o quê? A vida é cruel e blá blá blá. Pelo menos a lembrança dela fica na minha cabeça.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Devaneio pseudo-religioso 1/2

Será que existe destino? Ou estamos flutuando na realidade à mercê do acaso?
é difícil pra mim negar que haja algum determinante para os eventos futuros, que não seja o próprio passado. Em diversos pontos da minha vida abriram-se vários caminhos a serem seguidos, e os que foram escolhidos sempre me levaram a lugares e pessoas muito importantes. Mas aí eu penso: e o que havia nos outros caminhos? O que eu deixei de ver e quem eu deixer de conhecer?


Pensar sobre o destino me leva a diversas contradições. Ao mesmo tempo acredito e não acredito nele. Pra mim o que acontece conosco é resultado das ações passadas. Por outro lado essa cadeia de eventos certas vezes me parece impulsionada por uma vontade alheia... mas que vontade? Deus?


Sim, de certa forma. Acredito em Deus. Não um Deus antropomórfico e pessoal, mas um "espírito de tudo", algo como uma essência, dotada de consciência própria, impregnando todo o universo. Acredito sim que tenhamos um espírito imortal, mas que isso de forma alguma nos torna especiais, pois segundo o meu pensamento, esse mesmo espírito está na terra, no ar, nas árvores. Todas as almas fazendo parte e se originando desse algo supremo.

O que eu penso como destino é esse Deus etéreo colocando elementos no seu caminho, com os quais você vai interagir e daí sairá o seu futuro. Deus te deu uma escolha, a responsabilidade é sua. E isso, meus senhores, não nos torna especiais, porque cada ser desse mundo está na mesma situação que nós.

Podem dizer que o que eu disse é bullshit. E eu não vou poder afirmar o contrário. Afinal, não tenho nenhum argumento lógico pra defender o que eu acredito. Não acho uma caminho racional que me leve até ele. Mas isso é fé. Simplesmente é o sistema que se mostrou mais satisfatório pra mim.
Não sinto necessidade de explicar tudo racionalmente. Sejam meu Deus, ou meu Amor, simplesmente acredito neles.

Amanhã: Livre-arbítrio

**Frase do dia: "Há duas formas para viver sua vida: uma é acreditar que não existe milagres. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."- Albert Einstein

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Centro do universo?? AHuahuahau

A humanidade sempre se imaginou como o centro da existência do universo. todos os povos sempre acreditaram que o lugar em que viviam era o meio do mundo e todas as religiões de certa forma colocaram o homem como o ápice da criação

Mas não somos nem um pouco significantes para o cosmo. Somos tão ínfimos que o que é infinito pra nós, nem mesmo é infinito. Infinito é uma questão puramente conceitual. Para uma formiga nosso planeta tem dimensões infinitas. Pra nós, na prática, a distância até a estrela mais próxima do sol é infinita.

A luz, que é a coisa mais rápida que conhecemos (tão rápida que levamos milênios pra perceber que ela se move), leva mais de quatro anos pra chegar até lá. É uma distância tão imensa que só podemos pensar nela em termos teóricos.

Mas e as grandes realização da humanidade no nosso planeta? Nós criamos e destruimos, temos tod o planeta nas nossas mãos. Na verdade nem tanto. Ainda somos um bocado reféns dos caprichos da mamãe natureza. Ainda vamos até bem, conseguimos nos adaptar e viver em todos os ambientes da Terra. Quase como um vírus...

Mas tudo isso que fizemos não significa muita coisa pra quem olha de fora. Se for de fora o suficiente. Hoje, se um império galático super desenvolvido olhasse na nossa direção, da distância de marte, não veria mais que outro planetinha azul. Nenhuma evidência de algo notável.

Sim, temos o poder pra destruir nosso próprio planeta. Parabéns pra nós. Mas acho que seria um pouquinho melhor ter o poder de conhecer mais profundamente o mundo a nossa volta e a nós mesmo, poder proteger a quem se ama, viajar no tempo (essa seria fantástica!)... ainda somos muito fracos e ignorantes. Temos muito pra crescer antes de exigir um pouco de atenção de alguém lá fora.

**Frase do dia: "A resposta para a Grande Questão da Vida, do Universo e de Todo o Mais é... 42." - O guia do mochileiro das galáxias

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Nota musical

[[Transcrição de meus pensamentos num momento bucólico embaixo da passarela da FA ontem]]

... Farei música pra me livrar dos devaneios. Naquelas seis cordas farei fluir todas as paixões.
Cada acorde cantará meu amor, minha música fará ressoar todos os corações. E um dia, quando meus dedos sangrarem e derem vida àquelas notas, comoverei os Céus e qual Orfeu, receberei o que peço....

**Frase do dia: "Aprender música lendo teoria musical é como fazer amor por correspondência" - Luciano Pavarotti

***Frase da semana e ganhadora do troféu presença de espírito: "Minha música não é para fazer ninguém se rebelar. É para fazer as pessoas quererem trepar." - Janis Joplin

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Minduim de coração

Mas se me pedissem pra apontar o personagem com quem eu mais me identifico, responderia fácil que é esse aqui:

Grande minduim. Ele é desastrado, só se dá mal e tem uma péssima auto-estima. E tem um cachorro preto e branco =)
A cena que mais me marca no desenho do Charlie brown é quando ele vai chutar a bola. É um momento em que o garoto de camisa amarela concentra toda sua energia em, pela primeira vez na sua vida marcar o ponto, ser popular, amado por todos. Ou seja, ser feliz por um momento. Mas infelizmente ele tem em seu caminho um menina chamada Lucy.

No meu caso eu imagino mais que tenho no caminho a primeira lei da termodinâmica. Minha vida não pode ter rendimento 100%. Se eu já tenho tudo que quero, me é restrito o amor. É só um pedacinho que falta, mas é o pedacinho que falta pra felicidade completa. Tem horas sabe, que eu sinto como se estivesse pra chutar aquela maldita bola quando então a vida vem e tira ela da frente. Aí eu abro os olhos e me vejo de costas no chão, encarando o céu. Ê síndrome de Charlie Brown!!

De bônus, totalmente "de grátis" um videozinho que pra mim fala muito:

Nota #4

O paraíso, meus caros, só se toma de assalto.
Perdoai meu amor, mas nunca aprendi a me render
Se uma esperança vazia é o que me resta,
É melhor que o desespero de não sentir.

Não se traem pessoas, e sim sentimentos. Não vou mais trair meu coração.
Também não quero mais ver tristeza, deixa que o mundo se acerta. Fata semper uiam ueniunt, é isso? Bom, veremos. Se Ele decidiu seguir esse caminho deixo que Ele escolha se continua ou se busca outro. Enquanto isso, vivo para serví-lo.

Frase do dia: "Rio-me do meu coração ... e só faço o que Ele quer." - Goethe (Os sofrimentos do jovem Werther)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Instantes na taverna

_ Toma, meu caro Solfieri, bebe do cálice de Mnemósine e acaba com teu sofrer. Apaga de tua mente o passado escuro e foge ébrio nos braços do torpor.

_ Desista Johann, da taça amarga que bebeste não beberei. Não quero esquecer. Tu não te lembras mais das dores, mas perdeste também os momentos alegres. Não hei de perder aquele doce verão.

_ Tolo, prefere então viver com teu coração partido?

_ Meu coração não está partido, meu caro. Eu costumava acreditar que cada perda me daria uma nova cicatriz no coração. E que cada uma delas acabaria por torná-lo mais e mais insensível e duro. O que me aconteceu porém foi bem diferente. Em cada decepção eu via meu coração se quebrar em pedacinhos, mas quando eu juntava ele parecia maior, como se alguns pedaços ouvessem sido acrescentados...

_ Que falas, louco? Não estás triste então?

_ Lógico que estou, irmão. Mas essa dor que me fez crescer. São essas lembranças, as boas e as ruins, que me fazem o que sou hoje. Não esquecerei do meu amor. É tão bom lembrar de como ela me deixava trêmulo quando vinha até mim com aquele caminhar oscilante, sorrindo com seus grandes olhos negros a brilhar. Ou, mais tarde, do transe em que ela me deixou, encarando-a quando percebi que a amava. Ou lembrar de seus pequenos olhos. Tão escuros que me intrigavam e que guardavam, cada um, uma singela estrela. Essas memórias, Johann, não quero perder.

_ Hunf, memórias de amores perdidos... não acredito mais nisso, bom Solfieri. Tornei-me um cético.

_ Não são amores perdidos. Todos eles estão muito vivos! E não perderei nenhum deles. Ou tu achas que eu não tremo ao ver uma dama que eu amei?

_ Desisto de ti. Não consigo ver as coisas como tu. Por que amar, se não terás recompensa?

_Minha recompensa é um sorriso. Não sou egoísta como tu foi.

_ Eu, egoísta? Por que dizes isto??

_ Não entregaste a ela tua casaca manchada de sangue? E rubro não estava teu colete amarelo?

sábado, 3 de maio de 2008

Misturando

Teu sorriso maroto, no lugar de um resposta.
O modo particular como você diz meu nome.
Um abraço forte seu, que parece querer me esmagar.
Seu riso doce, o brilho no seu olhar.
Ah, teus olhos, como posso esquece-los?
E existe garota mais espirituosa que você?
Alguma mais inteligente que você?
Mais imperfeita que você?
Mais estranha que você?
Como eu amo isso tudo!
Mas é estranho ter que ficar sem!

Amo quando me deixavas sem palavras,
procurando minhas próprias pernas,
tentando descobrir o que é o amor.

Amo o primeiro momento em que te vi
Sentada na calçada, anônima, amada.
Agora tento entender, porque amo tão pouco
tanta perfeição.

E amo você,
Meu amor irracional, que veio de surpresa.
Meio egoísta, meio sem sentido.
Por que mesmo ele veio? Nem sei.
Só sei que ele veio.
E foi a melhor coisa que já me aconteceu.

Por fim, amo você
Que eu ainda nem encontrei,
Que nem sei onde está.
Mas que logo verei,
e com quem pra sempre irei ficar.