quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Dies Tertius


E na aridez do ser cresceu uma planta jovem, e ela se espalhou por toda a extensão. Apesar das minhas decisões, suas raízes ficavam mais e mais fundas.

Entendia um pouco melhor agora quem sou eu. Minhas fraquezas e limitações. Nesse dia eu tentei aceitar as coisas que eu não poderia mudar. Queria fazer o tempo voltar, mas no fundo desejava que ele seguisse o rumo que eu determinasse. Nesse dia eu era preso por uma promessa (que eu deveria ter mantido a todo custo), e vivia tentando achar um jeito de fazer minha vontade sem quebrar minha palavra. Acabou que eu quebrei a promessa do mesmo jeito, mas não hoje.

Olhando o passado, vejo que já disse "eu te amo" mais vezes do que eu imaginava. Infelizmente, nem sempre com sinceridade. Eu acho. De qualquer forma isso já passou, não serei mais tão insensato. As dificuldades daqueles dias nem se comparam com o que veio depois, mas eu fiquei muito feliz com tudo que aprendi. Estava feliz principalmente comigo mesmo, porque eram momentos em que sentia ter transcendido muitas dificuldades, e superado muitos deslizes.

Mas eu não podia me livrar das coisas que eu já tinha feito. No anoitecer desse dia eu vi em seus olhos marejados a dor que eu podia causar. E vi horrorizado que eu destrui o sorriso que queria cuidar.

E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.

5 comentários:

Comentador Fiel disse...

Tão ruim quanto a banalização do eu te amo é a sua sacralização. Diga o que quiser a quem quiser e lide com as consequências.

Rábula disse...

em tempo

você deveria ler mais e freqüentar menos festinhas.

Rábula disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rábula disse...

eu amo o Champz e ele diz pareço um réptil de um jogo tosco de símios.

John, O Lobo disse...

Sim champz, nunca deixei de dizer isso quando eu quis. Apenas acho que é algo que só deve ser dito com sinceridade.