Sinal vermelho. Os carros param.
A menina de rosto pintado sai correndo e no meio da pista começa a girar um par de malabares. Os brinquedos incandescentes voam alto e voltam obedientes para as mãos da pequena artista, deixando encantadas a crianças dentro dos carros. Os adultos, ocupados com sua vida complexa, não dedicam atenção ao espetáculo. Olham, mas não vêem.
Os giros frenéticos das tochas tem tempo certo pra acabar. Foi preciso muito treino até conseguir a exatidão apresentada. A garota teve tempo para se dedicar a isso, aprendera ainda na infância. Seus pais, artistas circenses, haviam cuidado dela e ensinado todos os truques, pelo menos até que o circo em que viviam falisse. Desempregados, ela e sua família acabaram na rua. Hoje, porém ela vive sozinha. O pai morrera há 6 anos, atropelando enquanto trabalhava em um semáforo, assim como ela hoje faz. A mãe se foi ano passado, levada por uma forte pneumonia.
40 segundos. No tempo exato a garota para sua pequena apresentação e corre entre os carros. Mão estendida enquanto assovia, pedindo uma moeda aos motoristas. Alguns vêem como ela é uma bela garota. Corpo bonita. Rosto delicado, que combina com o curto cabelo castanho. Ninguém dá dinheiro. Muitos fecham as janelas dos carros.
O sinal abre. A menina sorri e se dobra em curta reverência. Sua expressão é a de quem espera algo e não consegue. Mesmo assim sorri docemente e corre para a calçada. Os carros aceleram e partem sentada no meio-fio fica a garota. Braços envolvendo os joelhos, um último olhar revela um certo ar de melancolia.
A menina de rosto pintado sai correndo e no meio da pista começa a girar um par de malabares. Os brinquedos incandescentes voam alto e voltam obedientes para as mãos da pequena artista, deixando encantadas a crianças dentro dos carros. Os adultos, ocupados com sua vida complexa, não dedicam atenção ao espetáculo. Olham, mas não vêem.
Os giros frenéticos das tochas tem tempo certo pra acabar. Foi preciso muito treino até conseguir a exatidão apresentada. A garota teve tempo para se dedicar a isso, aprendera ainda na infância. Seus pais, artistas circenses, haviam cuidado dela e ensinado todos os truques, pelo menos até que o circo em que viviam falisse. Desempregados, ela e sua família acabaram na rua. Hoje, porém ela vive sozinha. O pai morrera há 6 anos, atropelando enquanto trabalhava em um semáforo, assim como ela hoje faz. A mãe se foi ano passado, levada por uma forte pneumonia.
40 segundos. No tempo exato a garota para sua pequena apresentação e corre entre os carros. Mão estendida enquanto assovia, pedindo uma moeda aos motoristas. Alguns vêem como ela é uma bela garota. Corpo bonita. Rosto delicado, que combina com o curto cabelo castanho. Ninguém dá dinheiro. Muitos fecham as janelas dos carros.
O sinal abre. A menina sorri e se dobra em curta reverência. Sua expressão é a de quem espera algo e não consegue. Mesmo assim sorri docemente e corre para a calçada. Os carros aceleram e partem sentada no meio-fio fica a garota. Braços envolvendo os joelhos, um último olhar revela um certo ar de melancolia.
8 comentários:
Sabiam às vezes eu invento histórias pras pessoas que eu conheço?
Eu também, você nunca sabe o que realmente aconteceu na minha vida.
ps: dificilmente alguém morre de pneumonia hoje.
E daí? Queria dramatizar. Infelizmente não lembrei da tuberculose na hora.
E diga isso pra Dercy.
A Dercy morreu de velha né cara, ela já tinha 102 séculos de idade.
Tuberculose é melhor, sabia que um terço da população brasileira tem tuberculose?
QQQQQQQ ...q chato BRINKS
vamos criar uma ong em defesa dos artistas circenses desempregados, afinal o mercado de trabalho só aceita gente especializada pro Cirque de Soleil. Ou pra clipe do red hot o_o
É raro morrerem de pneumonia? Hhahahaha, eu tava quase deixando um testamento...
Na verdade os pais da malabarista são de classe média alta, mas ela fugiu de casa para viver entre um grupo de ex-universitários cujos hobbies são fumar maconha e fazer malabarismos.
Just joking.
Q saudade de comentar aqui...
Tava fazendo falta mesmo ^^
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