sexta-feira, 25 de julho de 2008

Nota #11 ou Armadilhas circulares


Todos os dias, Sísifo rolava uma pedra até o topo de uma montanha. Quando chegava ao topo, a pedra rolava de volta, e Sísifo tinha que começar tudo de novo.

Alguns momentos na nossa vida são parecidos. Cumprimos tarefas desnecessárias, sem motivo aparente e sem finalidade visível. Só porque alguma força maior manda. No caso de Sísifo foram os deuses. Mas acho que pode ser o coração também. esse sim, é um brincalhão. Tão esperto que a mente não o acompanha. Quando menos esperamos ele revela um truque ou armadilha que estava preparando. Então olhamos em volta e percebemos que estávamos nos esforçando, todos os dias de pé, esperando alguém passar. Esperando só pra ouvir um bom dia. E voltar amanhã. Tal qual Sísifo e sua pedra.

Mas adianta ter consciência disso? Que nada. Quando agente percebe uma finalidade no trabalho antes sem sentido, ganhamos força e vontade pra continuar. Ainda assim, é engraçado ver como entramos nesses ciclos sem querer.


*Empurrando minha pedra*

5 comentários:

Comentador Fiel disse...

pelo menos a vida dele tinha sentido.

John, O Lobo disse...

Discordo firmemente.
Só porque ele tinha alguma coisa pra fazer não significa que tinha sentido.

Na verdade eu fiz esse post pq ontem estava pensando em como, às vezes eu faço as coisas para outras pessoas, só pra alguém ver, e nem me dou conta disso na hora.

Repito certas rotinas ou abraço certas tarefas só pra receber um olhar de alguém, mas na verdade não percebo a verdadeira finalidade do que eu to fazendo. pelo menos por um tempo.

Unknown disse...

Todo mundo espera algo em troca na hora de fazer alguma coisa, mesmo que você não queira você espera.
E na maioria das vezes ninguém percebe o que você fez, triste isso.

Nanda disse...

É, eu odeio esses ciclos...

Mas gosto do nome Sísifo, sempre me faz rir... hueheuheuehueh

Johnzito, quais matérias vc vai pegar este semestre? Vai continuar com Latim?

=*

Comentador Fiel disse...

o sentido da vida dele era levar a pedra.

o que eu falo é que tinha um objetivo, e não ser jogado em um lugar.